Por Redação, com agências internacionais - de Abidjan
– Nós exigimos (…) que a saída de Gbagbo seja precedida pela publicação de um documento com sua assinatura no qual renuncia ao poder e reconhece Ouattara como presidente – disse o ministro de Relações Exteriores da França, Alain Juppé, que disse estar de acordo com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Ouattara venceu as eleições de novembro do ano passado, e teve a vitória reconhecida pela comunidade internacional. Gbagbo, que já estava no poder, recusa-se a renunciar. Ele apelou ao Conselho Eleitoral por uma recontagem de votos, que favoreceu sua campanha. Desde então, forças dos dois lados se enfrentaram em confrontos que deixaram centenas de mortos e ameaçaram levar o país de volta à guerra civil de 2002 e 2003.
Nos últimos dois dias, as forças de Ouattara lançaram uma “ofensiva final” contra Gbagbo em Abdijã, com apoio de ataques de helicópteros da ONU e da França.
Eles cercaram a residência oficial do presidente, que estaria escondido em um bunker, no porão de sua casa, com sua família e alguns aliados. Juppé confirmou ainda que os confrontos na Costa do Marfim foram interrompidos e que as negociações para a saída de Gbagbo estão em andamento.
Um porta-voz de Gbagbo confirmou que ele estava negociando os termos de sua saída com base no reconhecimento de Ouattara como presidente. Segundo o porta-voz, as negociações incluem garantias de segurança a Gbagbo e seus familiares. Mais cedo, o representante especial da ONU na Costa do Marfim, Y. P. Choi, disse ao canal árabe Al Jazeera que “a guerra acabou” e Gbagbo já se rendeu.
– Ele está no porão (de sua casa em Abdijã) e está pronto para se entregar – disse Choi.
A França e as Nações Unidas (ONU) pressionaram o presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, a assinar nas próximas horas um documento de renúncia ao presidente eleito do país, Alassane Ouattara, como condição para sua saída.
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