Tal edição foi amplamente comentada e contestada em círculos jornalísticos, acadêmicos, políticos e, principalmente, entre a comunidade muçulmana.
Além das notáveis distorções e imprecisões jornalísticas já características do veículo em questão, a publicação ocorre no momento em que se toma conhecimento da estratégia de difamação das religiões promovida pelos EUA, através do financiamento a veículos de imprensa brasileiros, entre eles a Veja, como revela o Wikileaks.
Tal estratégia teria como um dos objetivos a defesa de uma lei anti-terrorista no Brasil que, como se sabe, não passaria de instrumento de perseguição política, nos moldes do que é adotado em todo o mundo contra indivíduos ou grupos que se opõem, de uma forma ou outra, às agressões imperialistas.
Além disso, pretende remover os obstáculos legais às ações de difamação das religiões.
O alvo da grande imprensa brasileira, voz mais evidente da direita nacional, certamente não se restringe aos muçulmanos. Afinal, quem já não ouviu chamarem o MST de grupo terrorista?
Trata-se da versão nacional da já desbotada "guerra ao terror" liderada pelos neoconservadores norte-americanos. É a tentativa de incluir o Brasil numa artificial guerra de religiões e implantar no país um tipo de perseguição política tipicamente fascista, baseada em preconceitos, estigmas e medos irracionais.
O resultado evidente de matérias como essa da revista Veja não parece ser outro que o de alimentar, de forma manipuladora, a desconfiança em território nacional, abrindo caminho para ações de intolerância religiosa.
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