quinta-feira, 28 de abril de 2011

Lula já está atuando como um dos mediadores na Guerra Civil da Líbia


A imprensa brasileira, grotescamente atrelada  aos interesses  estratégicos dos Estados Unidos, não dá uma linha e faz questão de omitir que o ex-presidente Lula está agindo como um dos mediadores na explosiva questão da Guerra Civil Líbia. Ele está atuando como embaixador  informal ou coadjuvante do Itamaraty.
Ontem, (sábado, 16), Lula conferenciou (não foi mera visita de cortesia) com o premiê espanhol, José Luis Zapatero.  Após a reunião no Palácio de Moncloa, sede do Governo, foi emitada nota oficial onde se informa que foram tratados temas da atualidade  e  “especialmente os acontecimentos do Norte da África”. A mídia omitiu exatamente esta frase.
Entretanto, este blog está em  condições de informar que nos próximos dias Lula visitará o premiêr turco,  Receb Tayyp Erdogan, e o presidente da África do Sul, Jacob  Zuma , com os quais continuará discutindo  uma saída pacífica para a Guerra Civil na Líbia.
De todos os líderes europeus, embora  oficialmente obedeça a resolução da ONU que  autorizou operações militares para  neutralizar a aviação de Muamar Kadafi, Zapatero é o mais reticente com relação a escalada  bélica proposta pela França e pela Inglaterra. Além disso, ele evita envolver a Espanha em ações diretas no conflito.
Há dez dias, Erdogan apresentou um plano que ele chamou de “Mapa da Paz, propodo um cessar fogo negociado na Líbia. Muamar  Kadafi aceitou, mas os rebeldes, que ocupam Benghazi, a “Capital do Leste”, aconselhados por ingleses e franceses, se recusaram a negociar. Dias depois Jacob Zuma foi pessoalmente à Líbia e ofereceu também um plano de paz, mas   a situação se repetiu.
 É importante notar que Lula só começou a agir mais ostencivamente, depois que a presidenta Dilma Rousseff, assinou na China, juntamente com seus colegas do  Brics, uma declaração condenado as ações militares no Norte da África no Oriente Médio
 Nesse caso e mais uma vez, a mídia venal ocultou de seus leitores exatamente este trecho da declaração conjunta.
Entretanto,  a condenção do uso de força foi incluído no documento final justamente por insistência da presidenta brasileira e do presidente sul-africano.
Os  integrantes do Brics, Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, estiveram reunidos em Pequim, durante dois dias, na semana passada.

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