tag:blogger.com,1999:blog-24103101353485737832024-03-13T11:07:08.594-03:00Arte, Ciência e Política...Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.comBlogger848125tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-60152892454471309492012-05-11T16:03:00.000-03:002012-05-11T16:03:17.526-03:00Será que as pessoas mudarão?<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Fiquei tão triste esses dias, tive
vontade de rir e ao mesmo tempo chorar. Estava conversando com uma amiga do
trabalho e ela não sabia quem era o Michel Temer. Como assim você não sabe quem
é o vice presidente do Brasil? Não lê jornal? Com certeza não! Pelo menos nunca
a vi folheando algum jornal e revista e nem entrando em
sites jornalísticos. Apenas a vejo entrando em site da globo para ver
resumo de novelas e fofocas de artistas.<o:p></o:p></div>
<br />
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; margin: 0cm 0cm 0pt; orphans: 2; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt;">O mais triste
disso tudo é que existem milhares de pessoas assim, tão alienadas. Não ligam
para o que acontece ao seu redor, não gostam e não querem saber de política,
acham política perda de tempo e que todos os políticos não prestam. Dizem com o
maior orgulho que odeiam política, como se isso fosse bonito. E se você fala
alguma coisa, você á chata, radical. O mais engraçado que essas pessoas sempre
se acham a tal, que sabem de tudo, mas chega nas horas das eleições sempre
votam no pior candidato, outras vendem seu voto. Depois ficam reclamando de
corrupção. Se todos os eleitores soubessem votar, não haveria tanta corrupção.
Quem coloca os políticos lá é o povo.<o:p></o:p></span></div>
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<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; margin: 0cm 0cm 0pt; orphans: 2; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt;">Ninguém é obrigado
a gostar de política, mas todo mundo deveria pelo menos buscar saber o que anda
acontecendo em sua cidade, no seu estado e no seu país. Acompanhar o trabalho
dos políticos, serem seus fiscais, discutir melhorias e o que precisa ser
mudado.O mundo está necessitado de pessoas atuantes, que lutam por um mundo
melhor e o mundo só mudará se as pessoas mudarem primeiro.<o:p></o:p></span></div>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-31494306953595578502011-11-10T19:02:00.000-03:002011-11-10T19:02:22.435-03:00Ex- Reitor ofende estudantes da UEL<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 21px; line-height: 24px;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Caros amigos. Não co</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;">mpreendi e muito menos entendi a intenção do Ex-reitor e professor Wilmar Marçal ao escrever um texto criticando a postura dos estudantes da USP.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;">O texto que foi publicado em um jornal no dia de ontem 09/11 faz uma reflexão do movimento estudantil e duras criticas aos universitários atuais.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;"> </span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pois bem, eu até entendo que muitos não concordem com a ocupação da USP e que compartilhem com a postura da policia ao usar ¨da força física necessária¨, para a reintegração de posse.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu particularmente fico do lado dos estudantes e condeno veementemente os abusos cometidos por parte da policia, pois acho que toda forma de manifestação precisa e deve ser respeitada, pois vivemos num estado democrático de direitos e ninguém deve ser agredido por expressar este direito, pois bem, é uma questão de opinião.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A ocupação da USP é um fato muito fresco e vem despertando muitas duvidas, pois envolve temas como ¨descriminalização do uso da maconha¨, ideologias políticas e o descontentamento com a estrutura universitária atual. Também chama a atenção sobre o sucateamento em que vive o ensino publico no nosso pais. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É evidente, que muitas pessoas, seguimentos e organizações, sejam elas do movimento estudantil ou não, querem debater sobre isso. É natural, que esses mesmos grupos, procurem instrumentos adequados para fazer este debate. Isto sempre aconteceu e acontece até os dias de hoje. Sejam quais forem os meios, é preciso haver o debate e nem todos (como também é natural) serão unânimes nisso. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu até entendo que exista ¨falsas leituras sobre a democracia, preconceitos de alguns colegas cientistas sociais sobre o ensino de sociologia e também que haja falsas leituras sobre o curso de ciências sociais¨. Parafraseando algumas palavras de uma ex-professora de minha graduação. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mais creio que foi um desrespeito (e porque não dizer um tanto quanto preconceituosas) as criticas feitas por parte do Sr. Wilmar Marçal. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Só para enumerar alguns pontos: é uma inverdade quando o nobre professor diz que alunos ¨a</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">dentram nos cursos considerados fáceis por pouca procura, sobretudo nas Ciências Humanas vivem uma graduação, depois uma pós-graduação e mais adiante outra graduação¨. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ora primeiro ponto: nenhuma graduação é melhor ou mais difícil que o outra, todos nós sabemos, que isso depende das condições e disposição de cada aluno para faze-la, e não é porque o curso tem pouca procura que ele seja fácil. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Dentro das ciências sociais no meu tempo de graduação por exemplo, tive disciplinas como, sociologia, Antropologia, Ciências Políticas, filosofia, economia, geografia, estatística, entre tantas outras. Matérias estas de extrema complexidade, para qualquer aluno, independente se estejam interessado ou não. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Não é porque a graduação tenha pouca procura, que ela necessariamente seja menos complexa ou menos importante que as outras graduações. Quanto a permanência de alunos na universidade seja na pós-graduação ou fazendo outra graduação, até onde eu sei isso é permitido pela lei, e se é permitido pela lei, ele automaticamente tem direito as benesses que a universidade publica proporciona, independente do curso em que ele esteja. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Se o senhor Wilmar discorda, é necessário que ele utilize dos meios legais dentro da universidade, para debater e não atiçar o ódio e o preconceito da sociedade contra ¨certos grupos da universidade¨ de forma superficial e sem debate prévio sobre o assunto. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Outra afirmação que me chamou a atenção foi a de que os estudantes: <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">(...)¨Fazem festas para comemorar o nada e o inútil, fumam maconha por quase todo o campus e deixam o cabelo e barba crescerem para homogeneizar o fenótipo de guerrilheiros. Desafiam as leis, alegando perseguição da polícia e exigindo liberdade à contravenção. Em nada produzem ao País. Não são capazes de criar algo que melhore a vida do homem. Não possuem capacidade e até mesmo vontade para inovar com qualquer tecnologia ou aprendizado. São hematófagos, mal cheirosos e arrogantes. Em média possuem 30 anos de idade, homens e mulheres, o que certamente nos leva a questionar quem são, de fato, esses encapuzados? (,,,)<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Vamos por partes:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">1- Até onde se sabe, as festas dos alunos na universidade (as famosas corvejadas) estão terminantemente proibidas, desde a gestão da senhora Lygia Pupatto, portanto se os alunos fazem algum tipo de festa para ¨comemorar o nada e o inútil¨ eles o fazem fora do ambiente do campus, ou seja, já entramos num campo privado, ou seja, eles tem direito de fazer festas onde eles quiserem, desde que não atrapalhem o ambiente alheio, assim sendo o senhor enquanto professor da universidade Estadual de Londrina, não tem condições de opinar ou criticar a onde os alunos fazem festa e o que eles fazem na festa. Pois se trata de um ambiente privado. Assim devo concluir que sua opinião é de caráter subjetivo e não tem relevância suficiente para criminalisar este tipo de ato. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">2- quanto ao uso de maconha no campus é algo que precisa ser melhor discutido, dentro da própria universidade de forma civilizada, e espero que os fatos ocorridos na USP não se repitam na UEL, e desde já lanço o desafio ao senhor de começar este debate, já que o tal ato de fumar maconha o incomoda tanto. Já no que tange a aparência, dos alunos mencionadas pelo senhor, devo dizer que isso pode ser caracterizado como uma forma de preconceito e rotulo, não se pode julgar uma pessoa, simplesmente porque tenha barba ou cabelo grande.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">E mesmo assim qual é o fundamento moral e jurídico que o senhor tem para criticar a aparência dos alunos. Já que a constituição federal em seu capitulo V Parágrafo X diz: <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal">(...) são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (...)<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ou seja, o senhor acaba de desrespeitar um direito fundamental do homem, que é o de apresentar da maneira que ele desejar. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">3- Quanto ao fato de os alunos de ciências humanas não produzirem nada, creio que o senhor realmente tenha uma profunda carência de informações sobre o curso. Temos intelectuais brilhantes que ajudaram e ajudam o nosso país em muitos aspectos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Só para citar alguns exemplos: o professor Florestan Fernandes (que inclusive foi deputado constituinte), o professor e Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (que também participou da constituinte), a professora de Filosofia e ex-secretaria de cultura de São Paulo Marilena Chauí, o professor e critico Literário Antonio Candido, entre tantos outros. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Alem é claro dos brilhantes intelectuais da sua própria universidade, que creio eu o senhor como ex-reitor conhece ou deveria conhecer. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">4- Quanto aos termos ¨hematófagos¨ , ¨mal-cheirosos¨ e ¨arrogantes¨ utilizados pelo senhor em seu artigo, só demonstra claramente a intolerância e o desrespeito que o senhor tem em relação as outras pessoas, indignas de um professor universitário, manchando assim o nome de uma instituição publica que é a nossa UEL, e de um alguém que vem pretendendo ocupar um cargo publico em nosso parlamento. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Concluo dizendo que, no que tange aos fatos ocorridos na USP esta semana, o senhor tem todo o direito de criticar e debater, mais só no que tange as questões legais, mais é inadmissível usar tais fatos, para estigmatizar ou desqualificar, pessoas, coletivos e principalmente classes profissionais. Isso demonstra uma profunda falta de ética e anti-profissionalismo. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Almir Escatambulo<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Cientista Social e Secretario Geral do CDH de Londrina<o:p></o:p></span></div>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-18341540794030082692011-05-09T14:58:00.000-03:002011-05-09T14:58:21.365-03:00Como os socialistas construíram a América<div class="post-header"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/63/foto_mat_27556.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/63/foto_mat_27556.jpg" /></a></div><br />
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como os socialistas construíram a América</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os Estados Unidos não seriam o que são hoje se não tivessem tido a influência positiva de revolucionários, radicais, socialistas, socialdemocratas e seus companheiros de viagem. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Abraham Lincoln, Teddy Roosevelt, Franklin Roosevelt, Dwitht Eisenhower e John Kennedy não eram socialistas. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas a nação se beneficiou de seus empréstimos às ideias socialistas e social democratas. Ideias como seguridade social, financiamento público da moradia, investimento público, proteção legal para direitos trabalhistas e outros atributos do Estado de Bem Estar”. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O artigo é de John Nichols.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">John Nichols</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(*) Excerto da obra The “S” Word: A Short History of an American Tradition… </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Socialism, publicado em março, pela Verso.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Se há uma constante no discurso da elite [dos EUA] nacional nestes dias é a afirmação de que a América foi fundada como um país capitalista e que o socialismo é uma importação perigosa que, a despeito de nossa não autorizada fé no livre mercado, deve ser barrada na fronteira.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Essa “sabedoria” mais convencional – cada vez mais aceita ao menos até as recentes mobilizações de massa no Wisconsin, em Ohio, no Michigan e no Maine – tem defendido que tudo o que é público é inferior a tudo o que é privado, que as corporações são sempre boas e que os sindicatos sempre são ruins, que a tributação progressiva é intrinsecamente má e que o melhor modelo econômico é aquele que permite que os ricos fiquem cada vez mais ricos, assim como a República, que então distribuirá migalhas da sua riqueza para a imensa maioria dos estadunidenses. Rush Limbaugh informa-nos regularmente que as propostas de taxação de pessoas ricas como ele, com o objetivo de financiar assistência em saúde para crianças e empregos para os desempregados são “antiéticas” frente aos propósitos originais da nação e que as reformas de Barack Obama estão “destruindo o modo como este país foi fundado”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando Obama apresentou sua tímida proposta de organização de um sistema de assistência médica privado mais humano, Sean Hannity, da Fox, denunciou que “a Constituição foi rasgada, injuriada, o estado de direito foi afastado”. Newt Gingrich disse que a administração Obama estava “preparada para fundamentalmente violar a Constituição” e estava governando para “30% do país [que] de fato é a favor de um sistema socialista secular de esquerda”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em 2009, Sarah Palin mostrou preocupações constitucionais parecidas, quanto à proposta de Obama de desenvolver uma “legislação universal de energia para construções verdes” com o objetivo de promover a eficiência energética. “Nosso país poderia vir a se tornar algo que sequer reconheceríamos, certamente que isso está muito distante do que os pais fundadores de nosso país tinham em mente para nós”; gravemente preocupada, informou Palin a Hannity, que respondeu com uma pergunta de uma palavra: “Socialismo?”. “Bem”, disse ela, “é para onde estão nos conduzindo”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na verdade, não é. Palin está errada quanto aos perigos da eficiência energética, e está errada a respeito de Obama. O presidente disse que não é um socialista, e os maiores porta-vozes socialistas do país concordam veementemente. De fato, as únicas pessoas que parecem acreditar que Obama apresenta uma tendência minimamente socialdemocrata são aqueles que imaginam que qualquer menção à palavra “socialismo” poderia inspirar uma reação como a do vampiro confrontado com a hóstia.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Infelizmente, Obama pode ser mais assustado pela letra "S" do que por Palin. Quando um repórter do New York Times perguntou ao presidente em março de 2009 se suas politicas internas sugeriam que ele fosse um socialista, um Obama relaxado respondeu: “A resposta seria não”. Ele disse que estava sendo criticado simplesmente porque estava “tendo de fazer algumas escolhas difíceis” quanto ao orçamento. Mas depois que conversou com seus assessores hiper cautelosos, ele começou a se preocupar. Então chamou o repórter de volta e disse: “para mim é difícil acreditar que você estava realmente falando sério quando fez a questão sobre o socialismo”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Então, como se estivesse lendo as marcações de um discurso, Obama declarou: “Não foi sob o meu governo que se começou a comprar um bando de ações de bancos. E não foi sob o meu comando que se concedeu subvenção massiva, a receita da drogadição, sem fontes de recursos para arcar com isso. Temos na verdade operado de uma maneira que tem sido inteiramente consistente com os princípios do livre mercado”, disse Obama, que concluiu atacando: “alguns dos que andam me chamando por aí de ‘socialista’ não podem dizer o mesmo”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Há mais do que um pingo de verdade nessa declaração. Obama de fato está evitando a adjetivação de socialista, ou mesmo de um social democrata médio, nas respostas aos problemas que o confrontam. Ele afastou a opção do pagador único no início do debate sobre a reforma da saúde, rejeitando o tratamento que em outros países promoveu assistência em saúde de qualidade aos cidadãos, a custos baixos. Sua resposta supostamente “socialista” ao colapso da indústria automobilística foi dar dezenas de bilhões de dólares no resgate dos fundos da GM e da Chrysler, que usaram o dinheiro para despedir milhares de trabalhadores e então realocar dúzias de plantas industriais no exterior – uma abordagem o mais distante possível que um país pode ter do modelo social democrata de aplicação dos investimentos e de políticas públicas na promoção de empregos e na dinamização econômica da sociedade.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando a plataforma em águas profundas da British Petroleum (BP) explodiu, ameaçando toda a costa do Golfo, em vez de dispor dos engenheiros das Forças Armadas e de outras agências do governo encarregadas de lidarem com crises, Obama deixou a gestão do problema a cargo da corporação que tinha mentido a respeito da extensão do vazamento de petróleo, que tomou decisões com base na sua disponibilidade de tempo, em detrimento das necessidades humanas e ambientais, e fracassou até nas tarefas mais básicas.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Então deveríamos levar o presidente ao pé da letra quando ele diz que age com base nos princípios do livre mercado. O problema, claro, é que a rigidez de Obama quanto a isso está conduzindo-o a rejeitar ideias mais seguras do que aquelas fixadas pelo setor privado. Emprestar ideias e abordagens de socialistas não tornaria Obama em nada mais socialista do que Abraham Lincoln, Teddy Roosevelt, Franklin Roosevelt ou Dwight Eisenhower. Todos esses presidentes anteriores misturaram ideias de traços marxistas ou emprestados das plataformas dos partidos socialistas com tanta frequência que o New York Times observou, num perfil publicado em 1954, a fé de um velho Norman Thomas de que “ele tinha dado uma grande contribuição no pioneirismo de ideias que hoje ganharam o apoio dos dois maiores partidos” – ideias como “seguridade social, financiamento público da moradia, investimento público, proteção legal para direitos trabalhistas e outros atributos do Estado de Bem Estar”. O fato é que muitos dos homens que ocuparam o Salão Oval antes de Obama souberam que a implementação de ideias de cunho socialista ou social democrata não os colocaria em conflito com a experiência estadunidense ou com a Constituição.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O ponto aqui não é defender o socialismo. O que deveríamos estar defendendo é a história – a história dos EUA, que tem tons ricos e vibrantes, e alguns do vermelho. O passado deveria ser consultado não somente para anedotas ou factóides, mas para fornecer uma perspectiva no presente. Essa perspectiva empodera os estadunidenses que buscam um debate robusto, que compreenda um amplo espetro ideológico – um empreendimento apropriado para um país em que Tom Paine imaginou cidadãos que “lançando seu olhar sobre um vasto campo, tomariam um caminho igualmente vasto, e então, aproximando-se cada vez mais do universo, sua atmosfera de pensamento se expanderia e sua liberalidade preencheria um espaço mais amplo”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A América sempre sofreu com os idiotas que teriam feito definhar o debate ao nível de uma série de opiniões estreitas o suficiente para abarcar os editos de um potentado, uma prece ou um dono de plantation. Mas a história real da América nos diz que a única coisa a respeito da qual nossa situação presente corresponde é que temos padecido com os idiotas tão completamente que uma boa parte dos estadunidenses – não apenas os Tea Partisans ou os Limbaugh Dittoheads, mas cidadãos da grande classe média - na verdade levam Sarah Palin a sério quando ela vocifera que o socialismo, na forma do código de construção civil verde é antitético ao americanismo.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">* * *</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Palin não é a primeira deste tipo. Não há nada de novo na acusação de um presidente que está dirigindo um “grande governo” voltado a outros projetos que não a invasão de algum país distante é socialista. Na primavera de 2009, alguns meses após Obama e o novo congresso democrático tomarem posse, vinte e três membros da oposição reapresentaram um velho projeto, em que propõem que “nós, os membros do Comitê Nacional Republicano convocamos o Partido Democrata a ser verdadeiro e honesto com o povo americano, ao reconhecerem que eles evoluíram de um partido que apoiava a tributação e os gastos para um partido de tributação e nacionalização e que, portanto, deveriam concordar em se renomearem de Partido Socialista Democrático”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">As cabeças frias prevaleceram. Por sorte. Num encontro de emergência do comitê – cuja história remonta à primeira convenção republicana, em 1856, em que seguidores do socialista francês Charles Fourier, o editor de Karl Marx e seus camaradas abolicionistas iniciaram a mais radical reestruturação dos partidos políticos na história dos EUA – foi sugerido que a proposta de impor um novo nome para os democratas poderia fazer com que o “Partido Republicano parecesse vulgar e sectário”. O plano foi derrubado, mas uma resolução denunciando a “marcha para o socialismo” passou. Assim, os membros da RNC [Convenção Nacional Republicana, em sua sigla em inglês] agora oficialmente “reconhecem que o Partido Democrata é dedicado a reestruturar a sociedade americana junto aos ideais socialistas” e que os democratas têm como sua “clara e óbvia intenção... propor, aprovar e implementar programas socialistas por meio da legislação federal”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Partido Republicano está atualmente mais firme em sua acusação de que os democratas estão conduzindo a nação “para o socialismo” do que estava durante a Ameaça Vermelha de Joe McCarthy nos anos 50, quando o senador do Wisconsin acusou Harry Truman de abrigar células do Partido Comunista no governo. Truman reagiu ao ultraje conservador, argumentando que o governo tinha a autoridade para impor leis antilinchamento nos estados e propondo um plano nacional de saúde. Mas o que incomodava mesmo os republicanos era que Truman, que se esperava fosse perder a disputa em 1948, tinha não só acabado de vencer a eleição como restaurado o controle do Congresso. Para contraatacar essa tendência eleitoral afrontosa, os republicanos conservadores, liderados pelo senador do Ohio Robert Taft, anunciaram em 1950 que seu slogan daquelas eleições para o congresso seria “Liberdade contra o Socialismo”. Eles então produziram um adendo a sua plataforma nacional, cuja maior parte era devotada à histeria de McCarthy acusando o plano de reformas Fair Deal, de Truman, de ser “ditado por um pequeno, mas poderoso grupo de pessoas que acreditam no socialismo, que não tem um conceito da verdadeira fundação do progresso americano, e cujas propostas estão completamente em desacordo com os verdadeiros interesses e verdadeiros desejos dos trabalhadores, agricultores e homens de negócio”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Truman reagiu, lembrando aos republicanos que suas políticas foram apresentadas na plataforma eleitoral de 1948, que tinha obtido vasta maioria dentre o eleitorado. “Se nosso programa foi ditado, como dizem os republicanos, foi ditado pela votação em novembro de 1948. Foi ditado por um “pequeno mas poderoso grupo de 24 milhões de eleitores”, disse o presidente, que acrescentou: “Eu penso que eles sabiam melhor que o Comitê Nacional Republicano quais os desejos verdadeiros dos trabalhadores, agricultores e homens de negócios”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Truman não deu cabimento à menção da palavra “socialismo’, que naqueles dias era distinguida na mente da maioria dos estadunidenses como o stalinismo soviético, com o qual o presidente – um péssimo guerreiro da guerra fria - estava disputando. Nem vociferou Truman, que contava dentre seus aliados essenciais com sindicalistas como David Dubinsky, Jacob Potofsky e Walter Reuther, todos eles ligados a causas socialistas e em muitos casos ao partido socialista de Eugene V. Debs e Norman Thomas, contra os males da social democracia. Antes, debochou: “Fora o grande progresso deste país, fora os grandes avanços na conquista de uma vida melhor para todos, fora a ascensão para uma liderança mundial, os líderes republicanos não aprenderam nada. Confrontados pelo grande recorde deste país, e pela tremenda promessa de futuro que ele porta, tudo o que eles fazem é coaxar ‘socialismo’”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os republicanos mais espertos abandonaram a campanha. O retorno ao realismo foi liderado pela senadora do Maine, Margaret Chase Smith, que temia que o seu partido fosse prejudicado não só nos prospectos eleitorais, mas no país. No verão ela lançou a sua “Declaração de Consciência” – o primeiro desafio sério ao McCartismo a partir do GOP [Antigo Grande Partido, em sua sigla em inglês, como muitos republicanos chamam] – no qual ela rejeita a histeria anticomunista do momento:</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Aqueles de nós que gritam mais alto a respeito do americanismo, encenando características ferozes, também são os que mais frequentemente, em suas próprias palavras e atos, ignoram alguns dos princípios americanos básicos: o direito de criticar, o direito de defender crenças impopulares, o direito de protestar e o direito ao pensamento independente".</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os republicanos devem estar determinados a terminar com o controle democrata do congresso”, sugere Smith em sua declaração:</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Mas fazer isso com um regime republicano que abraça uma filosofia carente de integridade política ou de honestidade intelectual seria igualmente desastroso para esta nação. A nação precisa seriamente de uma vitória republicana. Mas eu não quero ver o Partido Republicano obter vitória política cavalgando sobre os Quatro Cavaleiros da Calúnia – Medo, Ignorância, Intolerância e Difamação. Eu tenho dúvidas se o partido republicano pode fazer isso – simplesmente porque eu não acredito que o povo americano apoie um partido político que ponha a exploração política acima do interesse nacional”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A maioria dos republicanos não teve coragem para confrontar McCarthy tão diretamente. Mas a sabedoria de Smith prevaleceu entre os líderes do Comitê Nacional Republicano e dos velhos membros do GOP nas comissões do congresso, que largaram o slogan “liberdade contra o socialismo” e reduziram o número de palavras do manifesto de 1950 para um resumo com 99, que os repórteres do Washington [Post] explicaram que tinham sido remendados para “pegar leve” na coisa toda do “liberdade contra o socialismo”. O congressista James Fulton, que como muitos outros moderados do GOP da época na verdade sabiam e trabalhavam com membros do Partido Socialista e com radicais de várias colorações, foi o mais direto. O slogan barato, argumentou, tinha afastado o partido da questão fundamental do GOP na era do pós-guerra: “se voltamos a ser Matusalém ou oferecemos um programa alternativo para o progresso social no quadro de um orçamento equilibrado”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Imagine se hoje um proeminente republicano iria dizer algo parecido. A ira de Limbaugh, Hannity, Palin e do movimento Tea Party iria cair sobre ele. O Clube para o Crescimento iria se organizar para derrotar “os republicanos só no nome”, e a limpeza ideológica do partido de Lincoln, Teddy Roosevelt, Eisenhower e Margaret Chase Smith aceleraria. Alguns dos meus amigos democratas estão bastante contentes com o prospecto; como hoje os republicanos estão beirando ao extremismo que evitaram, mesmo nos dias de McCarthy, sugerem esses democratas, as possibilidades de vitória ficarão claras para candidatos do tipo. Mas isso menospreza o dano causado à democracia quando o discurso degenera, quando a única luta real se dá entre a franja de um partido e outro que assume o caminho da vitória para se mover para a centro direita e então espera que os medos de uma direita totalitária manterão todo mundo à esquerda, votando na linha democrata.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">* * *</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Se legislações universais de construções verdes e proteções à saúde das crianças podem ser usados com sucesso por nossa mídia degenerada como um ataque aos valores americanos e ao estado de direito, então a direita já venceu, não importa qual o resultado no dia da eleição. E uma nação fundada na revolta contra o império, uma nação que alimentou a resposta republicana radical ao pecado da escravidão, uma nação que confrontou o colapso econômico e a injustiça com um New Deal e uma Guerra contra a Pobreza, uma nação que gerou um movimento pelos direitos civis e que ainda recita uma Prece da Aliança (escrita em 1892 pelo socialista cristão Francis Bellamy) ao ideal de uma América “com liberdade e justiça para todos” está desprovido do que sempre em nossa história tem sido o elemento essencial de nosso progresso.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Esse elemento – uma crítica social frequentemente combinada com um partido político socialista e mais recentemente ligado ao ativismo socialista independente no mundo do trabalho e na militância por direitos iguais entre homens e mulheres, pelas minorias étnicas, imigrantes, gays e lésbicas, e pessoas portadoras de necessidades especiais – tem desde os primeiros dias de nação sido parte de nossa vida política. Este país não seria o que é hoje – de fato, poderia inclusive não ser – não tivesse tido a influência positiva de revolucionários, radicais, socialistas, socialdemocratas e seus companheiros de viagem. O grande cientista político Terence Ball nos lembra que “no auge da guerra fria uma forma limitada de assistência em saúde – o Medicare – passou no Congresso ganhando das objeções da Associação Médica Americana e da indústria de seguros, e foi parar na mesa do presidente Johnson.”</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Isso não aconteceu por acaso. Um jovem escritor reconheceu que era possível rejeitar o totalitarismo soviético, enquanto ainda se aprende com Marx e abraça a esquerda democrática socialista do movimento católico Dorothy’s Day para se juntar à Liga da Juventude Socialista. Michael Harrington queria mudar o rumo do debate sobre a pobreza na América, e talvez notável ou profeticamente, ele presumiu que se ligar ao outrora forte mas naquela altura aliado partido socialista era a maneira de fazer isso. Num artigo de 1959, para a então liberal Commentary Magazine, Harrington buscou, nas palavras do seu biógrafo, Maurice Isserman, “superar a sabedoria convencional de que o Estados Unidos tinha se tornado uma sociedade majoritariamente de classe média. Usando o critério da linha da pobreza da renda de 3 mil dólares anuais para uma família de 4 pessoas, ele demonstrou que quase um terço da população vivia ‘abaixo desse padrão que fomos ensinados a observar como o mínimo decente para comer, morar, vestir e ter saúde’”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Harrington foi além dos seus sonhos mais radicais. O artigo levou a um livro, “A outra América: Pobreza nos Estados Unidos”, que se tornou leitura obrigatória para os políticos, vendendo 70 mil cópias no seu primeiro ano. “Dentre os leitores célebres do livro estavam John F. Kennedy, que no outono de 1963 começou a pensar em propor uma legislação antipobreza”, rememora Isserman. “Depois do assassinato de Kennedy, Lyndon Johnson tomou para si a tarefa, convocando em seu discurso à nação em 1964 uma “incondicional guerra contra a pobreza”. Sargent Shriver liderou a força tarefa responsável pelo projeto de legislação e convidou Harrington a Washington como consultor”. As propostas de Harrington de renovar os projetos de trabalhadores públicos do New Deal nunca foram plenamente abarcadas. Mas a defesa dele e de outros de que o governo deveria intervir por aqueles que não podiam cuidar de si mesmos ou de suas famílias contava com o que o autor descreveu como uma “Seguridade Social completa”, ao prover assistência em saúde para os idosos. Isso demandou da administração Johnson o projeto “Great Society”, incluindo o projeto de lei do Social Security Act de 1965 – ou Medicare. Johnson fez o seu combate, mas os estadunidenses concordaram com seu presidente quando ele argumentou que “o plano de assistência em saúde, pelo qual o presidente Kennedy tanto lutou para implementar, é o modo americano; é prático, é sensível, é igualitário e é justo”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Poderia um plano descrito como “medicina socializada” pela Associação Médica Americana, porque era, de fato, verdadeiramente medicina socializada ser “o modo americano”? É claro. Durante o debate sobre o Medicare no começo dos anos 60, o senador do Texas e candidato George H.W.Bush condenou a proposta como “estranhamente socialista”. Ronald Reagan, então fazendo a transição de garoto propaganda na televisão para garoto propaganda televisivo do senador conservador Barry Goldwater, alertou os cidadãos de que se esse projeto fosse aprovado os estadunidenses poderiam ver a si mesmos “dizendo às nossas crianças e aos filhos de nossos filhos como foi um dia a América, quando os homens eram livres”. Mas Bush e Reagan administraram o programa quando de suas gestões na presidência, e os ativistas do Tea Party hoje, nos seus encontros nas salas de estar das cidades, ameaçam qualquer legislador que ouse mexer no seu amado Medicare.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os estadunidenses não teriam tido o Medicare se Harrington e os socialistas que vieram antes dele – de candidatos presidenciais como Debs e Thomas a dirigentes como Mary Marcy e Margaret Sanger e como a militante do partido comunista Elizabeth Gurley Flynn – não tivessem por décadas pressionado os limites do debate sobre a assistência em saúde. Tampouco um ativista como o Senador Edward Kennedy teria declarado: “Eu vejo Michael Harrington como fazendo o Sermão da Montanha à América”. O mesmo foi verdade nos dias dos debates abolicionistas, quando os socialistas – inclusive amigos de Marx que imigraram para os Estados Unidos depois que as revoluções de 1848 foram esmagadas na Europa – energizaram o movimento contra a escravidão e ajudaram a dar-lhe expressão política na forma do Partido Republicano.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O mesmo foi verdade nos primórdios do século XX, quando editores do partido socialista, como Victor Berger combateu as tentativas de destruição das liberdades civis e definiu nosso moderno entendimento de liberdade de expressão, liberdade de imprensa e direito de reconversão processual. O mesmo foi verdade quando o longevo socialista A. Philip Randolph convocou em 1963 a Marcha em Washington por Empregos e Liberdade e convidou o jovem pregador Martin Luther King Jr., que tinha muitos conselheiros socialistas além do respeitável Randolph, para fazer o que viria a ser conhecido como o discurso “I Have a Dream” [Eu tenho um sonho].</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">* * *</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em cada momento crítico da nossa jornada nacional, os pensadores socialistas e os militantes, assim como candidatos e burocratas, empurraram o governo para uma direção progressista. Pode ser verdade, como sugere o historiador Patrick Allitt, que “milhões de estadunidenses, inclusive muitos desses críticos [da administração Obama], sejam defensores ardentes do socialismo, mesmo que eles não entendam isso ou sequer usem na verdade a palavra” para descrever os serviços públicos que são “organizados segundo linhas diretivas socialistas”, como escolas e autoestradas. De fato, socialistas contemporâneos e militantes do Tea Party podem na verdade encontrar um fundo comum (talvez desconfortável) na asserção de Allitt de que “o socialismo como um princípio organizacional está vivo e bem aqui, assim como o estava ao longo do mundo industrializado” – mesmo que eles não concordem que isso seja uma boa coisa. Programas “organizados segundo linhas diretivas socialistas” não tornam um país socialista. Mas a América sempre foi e deve continuar sendo informada pelos ideais socialistas e pela crítica socialista das políticas públicas.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Vivemos em tempos complexos, em que profundos desafios econômicos, sociais e ambientais exigem um conjunto de respostas. Os socialistas certamente não têm todas as respostas, mesmo que as pesquisas indiquem que mais americanos encontram apelo na palavra “socialismo”, do que em décadas. Mas sem ideias e sem militância socialista, não teremos uma contrabalança suficiente para o impulso anti-governo que tem menos a ver com libertarianismo do que manipulação do debate pelas todas poderosas corporações. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Abraham Lincoln, Teddy Roosevelt, Franklin Roosevelt, Dwitht Eisenhower e John Kennedy não eram socialistas. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas a nação se beneficiou de seus empréstimos às ideias socialistas e social democratas. Barack Obama certamente não é um socialista. Mas ele, e a nação que ele comanda, seriam bem servidos por um empréstimo similar ao povo que um dia imaginou o Social Security, o Medicare, o Medicaid e a Guerra contra a Pobreza.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(*) Jonh Nichols é correspondente em Washington do The Nation e editor associado do The Capital Times (http://host.madison.com/ct/), Wisconsin. Seu livro mais recente é “A Letra S: uma breve história na tradição americana ( The “S” Word: A Short History of an American Tradition). É co-fundador da organização pela reforma da liberdade de imprensa e co-autor, junto com Robert W. McChesney de A morte e a vida do jornalismo americano: a revolução midiática que dará origem ao mundo de novo ( The Death and Life of American Journalism: The Media Revolution that Will Begin the World Again) e de Tragédia e Farsa: Como a mídia americana vende a guerra, corrompe eleições e destrói a democracia( Tragedy & Farce: How the American Media Sell Wars, Spin Elections, and Destroy Democracy). Os outros livros de Nichols incluem: Dick: o homem que é presidente ( Dick: The Man Who is President).</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tradução: Katarina Peixoto</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Matéria originalmente publicada em: <a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17726">http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17726</a> </span></div>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-13343240526965603932011-05-05T16:32:00.000-03:002011-05-05T16:32:02.764-03:00Gato 'tira fotos' do cotidiano com câmera no pescoço<div class="articlebody" id="abody"><div class="parent insert chrome6 single1 float8 cf" style="width: 422px;"><div class="child c1 first"><div class="img"><br />
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<img alt="As imagens mostram outros animais que Cooper encontra nas ruas, seus esconderijos favoritos e os lugares explorados pelo gato na vizinhança de sua casa, em Seattle, nos EUA // Caters" class="img1" height="313" src="http://blstb.msn.com/i/55/8489CB4C5C6B5FCE3D3EE6EA5E77B.jpg" title="As imagens mostram outros animais que Cooper encontra nas ruas, seus esconderijos favoritos e os lugares explorados pelo gato na vizinhança de sua casa, em Seattle, nos EUA // Caters" width="418" /></div></div></div><div class="articleabstract">O gato Cooper, de 5 anos, tornou-se um 'fotógrafo' conhecido graças a um experimento de seus donos. Com uma câmera automática, ajustada para disparar a cada 2 minutos, Cooper registra tudo o que vê durante o dia</div>As imagens mostram outros animais que Cooper encontra nas ruas, seus esconderijos favoritos e os lugares explorados pelo gato na vizinhança de sua casa, em Seattle, nos Estados Unidos.<br />
Michael e Deirdre Cross, os donos do animal, dizem que a ideia os ajudou a conhecer melhor o dia a dia e as necessidades do gato.<br />
Segundo Michael, a ideia começou como um "experimento geográfico" para que o casal pudesse se certificar de que o animal não estava invadindo as casas dos vizinhos ou atravessando ruas muito movimentadas durante o dia.<br />
No entanto, o casal diz ter ficado impressionado com a beleza das fotografias de Cooper.<br />
Desde então, as fotos do animal já foram tema de duas exposições nos Estados Unidos, e são vendidas pela internet por até R$ 500.</div>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-85496810471481967962011-05-05T14:09:00.000-03:002011-05-05T14:09:08.048-03:00Confirmado o show de Alice Cooper no Rio<h2 class="postTitle"><br />
</h2><h3 class="postDescription">Músico faz três apresentações no Brasil<br />
</h3><div class="postmeta">Publicado em maio 5, 2011</div>Acabam de ser confirmadas as datas da turnê de <a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/alice-cooper/">Alice Cooper</a> no Brasil. O músico se apesenta em Porto Alegre (31/5, no Pepsi on Stage); São Paulo (2/6, no Credicard Hall); e no Rio de Janeiro (2/6, no Citibank Hall). O show de Curitiba, inicialmente anunciado para o dia 3/6, foi cancelado, abrindo espaço para a data carioca. Os ingressos custam entre R$ 90 e R$ 300 (Porto Alegre); R$ 100 e R$ 400 (São Paulo); e R$ 120 e R$ 240 (Rio de Janeiro). <a href="http://www.rockemgeral.com.br/category/filipetagem/">Saiba os detalhes aqui</a>.Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-60500612303104958162011-05-05T08:28:00.002-03:002011-05-05T08:28:19.178-03:00Homem é preso por fazer sexo com uma cabra<h3 class="post-title entry-title"><br />
</h3><div class="post-header"> </div><h3 class="post-title entry-title"> </h3><div class="post-header"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-L7J3KIvW2Ew/TcIE0F0Q8NI/AAAAAAAAJqg/OhCSpIJpMNY/s1600/cabra.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-L7J3KIvW2Ew/TcIE0F0Q8NI/AAAAAAAAJqg/OhCSpIJpMNY/s1600/cabra.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: 13px;">O agricultor Cícero Ferreira Alves, de 30 anos, foi preso nessa segunda-feira (2) após ser flagrado por policiais mantendo relações sexuais com uma cabra no município de Saloá, Agreste de Pernambuco.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: 10pt; text-align: justify;">Os policiais chegaram ao local após a esposa do agricultor, Rosimere Ferreira, ter ido à delegacia do município queixar-se que o marido a havia expulsado de casa junto com a filha de 17 anos. AO chegarem no quintal, os agentes viram Cícero fazendo sexo com o animal.</div><div style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: 10pt; text-align: justify;">Ele foi autuado em flagrante e levado para a cadeia pública de Saloá.</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: 10pt;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: 10pt;">De acordo com a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, o artigo 32 diz que ”praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: detenção de três meses a um ano, alémde multa”.</span></div>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-80593519378843120642011-04-29T16:53:00.000-03:002011-04-29T16:53:55.572-03:00Para Entender as Mídias Sociais: Download do ebook "Para Entender as Mídias Sociais...<a href="http://paraentenderasmidiassociais.blogspot.com/2011/04/download-do-ebook-para-entender-as.html?spref=bl">Para Entender as Mídias Sociais: Download do ebook "Para Entender as Mídias Sociais...</a>: "Para entender as mídias sociais é necessário, antes de tudo, ter em mente que se trata de um conhecimento multifacetado e interdisciplinar..."Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-85430061411508068262011-04-29T16:34:00.000-03:002011-04-29T16:34:19.059-03:00Esvaziamento do DEM anda mais rápido do que imaginava a direita<div class="wp-caption alignleft" id="attachment_185728" style="width: 233px;"><a href="http://correiodobrasil.com.br/tucano-que-desconhecia-preto-agora-o-defende-de-furtar-caixa-2-da-campanha/185727/serraalkmin/" rel="attachment wp-att-185728"><img alt="direita" class="size-full wp-image-185728" height="233" src="http://correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2010/10/serraalkmin.jpg" title="Reprodução/web" width="223" /></a><div class="wp-caption-text">Alkmin tenta evitar o esvaziamento do PSDB e Serra assiste ao movimento da <b>direita</b> rumo ao PSD</div></div>O esvaziamento do DEM segue de forma mais acelerada do que previam os integrantes da legenda que reúne a maior parte da ultradireita brasileira. Uma decisão do governador paulista, Geraldo Alkmin, retirou da pasta a ser entregue ao Democratas praticamente todos os projetos importantes e com peso no Orçamento do Estado. A secretaria de Desenvolvimento Social teve seus recursos redirecionados para outras áreas do governo e ao novo titular, o deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP), restará apenas o status de integrante do secretariado tucano, como forma de assegurar a continuidade da frágil aliança que ainda se sustenta em São Paulo.<br />
O tucano Paulo Alexandre Barbosa, que estava no cargo, irá para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico com a maior parte dos programas sociais projetados para a nova pasta. O volume de recursos destinados ao novo posto é de cerca de R$ 3 bilhões em programas sociais até 2014. O nível de investimentos está assegurado, mas os projetos serão executados por outros segmentos do governo, exceto os programas Viva Leite e Bom Prato. No mais, os programas de formação profissional e bolsas universitárias, que antes seriam coordenados pela Ação Social, seguem para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.<br />
Dança das cadeiras<br />
O novo desenho político do Palácio dos Bandeirantes, segundo observadores da cena política paulista, é uma articulação do governador Alkmin para tentar conter a debandada para o partido criado para abrigar parte da <i>direita</i> insatisfeita com as atuais legendas. O PSD, de Gilberto Kassab, já arrebanhou parlamentares do DEM, do PPS e do PSDB. O PSD já nasce com o apoio do vice-governador, Guilherme Afif Domingos. A opção custou a Afif o comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e, aparentemente, perde espaço no governo, embora a proximidade dele com os principais líderes da <u>direita</u> facilite o trânsito político na busca de novos nomes para a legenda em formação.Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-56649681310833722642011-04-29T16:04:00.000-03:002011-04-29T16:04:04.233-03:00Governo prepara proposta de desindexação da economiaNo momento em que a inflação é o problema mais preocupante do governo, um grupo de economistas assumiu a missão de elaborar propostas para a desindexar a economia. O projeto que começa a ser desenhado é ambicioso e vai além dos contratos atrelados a índices de preços. Ele deverá abarcar os investimentos financeiros indexados ao DI (juros médios das operações interbancárias), a rentabilidade da caderneta de poupança e o que se chama entre os técnicos de indexação "oculta". Essa última se refere a preços que, apesar de serem livres, não obedecem aos ciclos econômicos e trazem, portanto, algum mecanismo implícito de correção automática.<br />
A reportagem é de <strong>Claudia Safatle</strong> e publicada pelo jornal <strong>Valor</strong>, 29-04-2011.<br />
Os estudos estão sendo conduzidos por técnicos do Banco Central, do Ministério da Fazenda e do Desenvolvimento e as medidas que eventualmente forem propostas não devem ser implementadas da noite para o dia.<br />
"Já temos a radiografia, mas as saídas não são simples. Há um processo de indexação no sistema econômico que é muito maior do que a dos preços administrados. Tem a indústria de DI, atrelada aos balanços dos bancos, que afeta as operações de crédito e bancárias. Há a indexação de 34% da dívida pública mobiliária à taxa de juros Selic e outras formas não percebidas de correção automática de preços", disse um qualificado assessor da área econômica que está no centro dessa discussão.<br />
Os preços administrados respondem por 30% do IPCA. Parte dos 28 bens e serviços que compõem esse universo tem contratos com reajustes anuais indexados a índices gerais de preço. Outra parte tem aumentos aleatórios, mas que acabam sendo referenciados à inflação já ocorrida.<br />
Os dados mostram que cerca de 70% dos preços livres também são corrigidos por algum mecanismo que leva em conta a inflação passada. Um exemplo disso são as negociações salariais que tomam como piso o percentual de aumento do salário mínimo. A empresa concede o aumento de salário reivindicado pelos trabalhadores e repassa os custos para os preços de seus produtos, explicam os técnicos.<br />
É o que se espera, inclusive, que ocorra com os quase 14% de reajuste do salário mínimo já previstos para 2012. A questão do mínimo, porém, é vista pelos economistas do governo como um preço a pagar pelo efeito distributivo que "está comprovado que ele tem", disse uma fonte.<br />
Não há intenção de iniciar o processo de desindexação de forma compulsória e em um curto espaço de tempo. "Nós queremos fazer isso de maneira amigável, criando incentivos e penalizações e obedecendo as regras de mercado", adiantou.<br />
Nesse aspecto, as propostas em discussão se alinham a uma outra agenda não menos importante: montar uma estrutura de incentivos que estimule as famílias a fazer poupanças financeiras de mais longo prazo.<br />
O estoque de aplicações em fundos e cadernetas de poupança soma cerca de R$ 2 trilhões. Esse dinheiro está em aplicações de curto ou curtíssimo prazo. Há, segundo esses técnicos, um número considerável de contas de pessoas físicas com depósitos cujos valores superam em muito o que seria normal para uma família fazer frente a despesas inesperadas. São, portanto, recursos que poderiam estar alocados em aplicações financeiras de mais longo prazo e que contribuiriam com o financiamento dos investimentos previstos para os próximos quatro anos, de cerca de R$ 1,3 trilhão.<br />
Uma alternativa para substituir a inflação passada nos reajustes de preços de bens e serviços seria a meta de inflação, aponta um economista. A meta com a margem de tolerância poderia ser o fator de reajustes, tal como o Ministério da Fazenda fez com a tabela do Imposto de Renda: assegurou correção de 4,5% (centro da meta de inflação para este e para o próximo ano) até 2014. Nesse caso, não levou-se em conta a banda de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo nem a possibilidade de redução do centro da meta.<br />
Ainda são muitos os contratos atrelados à variação passada dos índices gerais de preços (IGP), como os aluguéis, setores ligados à educação e vários preços administrados. As tarifas de energia são reajustadas com base no IGP-M menos o ganho de produtividade (se houver). As tarifas de telefonia são reajustadas pelo Índice de Serviços de Telecomunicação (IST), calculado com base numa cesta de indicadores de inflação (IPCA, INPC, IGP-DI e IGP-M). Os índices gerais de preços são fortemente contaminados por choques de preços e quase sempre superam os preços ao consumidor.<br />
" A desindexação não é uma decisão só do governo, mas da sociedade brasileira, por que ela deve envolver negociações de contratos, como os de energia por exemplo, e de negócios no sistema financeiro, entre diversos outros. Não pode, portanto, ser feita por decreto ou por medida provisória. Tem que contemplar toda a questão política", ponderou uma alta fonte oficial.<br />
Quando, em 2009, o então <strong>presidente Lula</strong> imaginou mudar as regras de remuneração da poupança - TR mais 6,7% ao ano e isenção do Imposto de Renda - estabelecidas em lei, foi logo dissuadido pelas lideranças da oposição, que o acusaram de querer "garfar" o dinheiro dos mais pobres. A solução, naquele momento em que os juros eram declinantes e tornavam as cadernetas mais rentáveis do que os fundos de investimentos, foi provisória e não tocou na indexação. A saída foi cobrar o IR dos depósitos acima de R$ 50 mil a partir de uma taxa Selic inferior a 10,5% ao ano.<br />
Na avaliação dos economistas oficiais, este será um passo essencial para se retomar, no futuro, o processo de redução da meta de inflação, estacionada há dez anos em 4,5%.<br />
O avanço na desinflação, porém, só será possível se as partes envolvidas beneficiadas pela indexação e os partidos de oposição estiverem dispostos a olhar o país e não somente seus interesses mais imediatos.<br />
<br clear="all" /> <br />
-- <br />
<a href="http://engajarte-blog.blogspot.com/" target="_blank">EngaJarte-blog</a>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-90673793320038202902011-04-29T15:51:00.000-03:002011-04-29T15:51:58.240-03:00Erundina: “desprivatizar as metrópoles brasileiras”<div class="socialize-in-content" style="float: right;"><div class="socialize-in-button-right"> </div><div class="socialize-in-button-right"><a href="http://www.facebook.com/sharer.php?u=http%3A%2F%2Fwww.outraspalavras.net%2F2011%2F04%2F28%2Ferundina-%25e2%2580%259ce-possivel-desprivatizar-metropoles-brasileiras%25e2%2580%259d%2F&src=sp" name="fb_share" style="text-decoration: none;" type="box_count"><span class="fb_share_size_Small fb_share_count_wrapper"><span></span><span class="fb_share_count_nub_top fb_share_no_count"></span><span class="fb_share_count fb_share_no_count fb_share_count_top"><span class="fb_share_count_inner"> </span></span></span></a></div></div><a href="http://www.outraspalavras.net/files/2011/04/110428-ErundinaB.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-4850" height="186" src="http://www.outraspalavras.net/files/2011/04/110428-ErundinaB.jpg" title="110428-ErundinaB" width="385" /></a><br />
<a href="http://www.tarifazero.org.br/"><span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong> </strong></span></span></span></a><br />
<strong>Entrevista</strong> ao site <strong><a href="http://www.tarifazero.org/" target="_blank">Tarifa Zero</a></strong><br />
<span style="color: grey;"><em><span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;">Abriu-se nesta quinta-feira, em São Paulo, uma nova etapa de uma das lutas sociais que marcou o primeiro semestre. Depois de promover, ao longo de muitas semanas, manifestações seguidas contra o aumento da tarifa de ônibus (de R$ 2,70 para R$ 3), o <a href="http://www.mpl.org.br/" target="_blank">Movimento Passe Livre</a> decidiu aprofundar o debate sobre o tipo de cidade que quer ajudar a construir – e lançou, na USP, a campanha pela Tarifa Zero nos transportes públicos.</span></em></span><br />
<span style="color: grey;"><em><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Apresentada em mais detalhes num <a href="http://www.tarifazero.org/" target="_blank">novo espaço</a> na internet, a campanha nasceu para confrontar duas das piores características das metrópoles brasileiras. Insurge-se contra a segregação que separa o Centro da Periferia, numa atualização do </span></span></em><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">apartheid</span></span><em><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"> que dividia a colônia em Casa Grande e Senzala. E denuncia a mercantilização dos serviços públicos – que também fratura as cidades, ao estabelecer barreiras que só podem ser vencidas pelos que têm dinheiro.</span></span></em></span><br />
<span style="color: grey;"><em><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Na batalha contra o aumento das tarifas, buscava-se a resposta imediata. Bem-sucedida (embora sem vitória econômica), ela deve continuar agora na forma de um debate mais intenso sobre o tipo de ambiente urbano que o Brasil quer construir. Aceitamos o papel de figurantes passivos, num modelo em que os protagonistas são o automóvel e a via expressa? Ou estamos dispostos a desbravar as possibilidades de novas metrópoles – menos desiguais, mais humanas e, por isso mesmo, dispostas a conviver com a natureza?</span></span></em></span><br />
<span style="color: grey;"><em><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">O movimento Passe Livre – Tarifa Zero sabe que não é possível optar apenas com palavras-de-ordem. Além de promover mobilizações, ele tem se preocupado em estimular debates formadores e – igualmente importante – em vislumbrar alternativas e resgatar as que já foram propostas.</span></span></em></span><br />
<span style="color: grey;"><em><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">A entrevista a seguir é um sinal desta ambição. Nela, um grupo de articuladores do Tarifa Zero entrevista a ex-prefeita (hoje deputada) Luiza Erundina. Busca-se reconstituir a memória de uma experiência fascinante: a eliminação das tarifas de ônibus, proposta (à época, sem sucesso) pela então prefeita, em 1991. </span></span></em></span><br />
<span style="color: grey;"><em><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">O diálogo não é monotemático. Erundina e seus entrevistadores colocam em pauta as políticas que seriam necessárias para vivermos em cidades para todos – capazes, portanto, de superar ao menos parte das discriminações e preconceitos em que estamos mergulhados. Especulam sobre estratégias para superar obstáculos impostos pelos grupos de poder e tornar tais políticas efetivas.</span></span></em></span><br />
<span style="color: grey;"><em><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Resulta um texto que estimula a refletir sobre as cidades (e a sociedade) que estamos construindo. Num momento em que as maiores metrópoles brasileiras preparam-se para dois megaeventos globais (Copa do Mundo-2014 e Olimpíadas-2016), vale a pena examinar as ideias desta ex-prefeita nordestina e lutadora, que destaca, sobre as transformações sociais indispensáveis: “Se não foi vinte anos atrás, será um dia. A história dá saltos. O importante é você apostar em idéias que são inovadoras e acumular forças” (<strong>A.M)</strong>.</span></span></em></span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong><br />
Como evoluiu a conjuntura de governo até chegar a idéia da tarifa zero? Como esta proposta nasceu dentro do governo essa idéia da tarifa zero?</strong></span><br />
<strong><span style="font-size: x-small;">Luiza Erundina: </span></strong><span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;">A questão do transporte e do trânsito na cidade de São Paulo foi sempre um problema muito difícil, complexo, desafiador. Não foi diferente na nossa época, até porque nós tínhamos a CMTC (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos), que deveria responder por 30% do transporte de ônibus da cidade e estava completamente sucateada. A frota envelhecida, deteriorada, estoques zerados. Basta dizer que havia um único pneu no estoque, no depósito, e esse pneu estava careca. Praticamente 30% do conjunto do sistema não funcionava.</span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong>Qual era o tamanho da frota da CMTC?</strong></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Luiza Erundina: </strong>Deveriam operar três mil ônibus. Mas estava muito reduzida, com muitos problemas. Além disso, havia uma má vontade dos fornecedores de peças, acessórios todo o necessário para manter a frota. A frota privada também estava envelhecida, deteriorada. Tínhamos um serviço de baixíssima qualidade e muito caro. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Começamos a tentar alternativas. Por exemplo, a municipalização, que mudou os termos de contrato da prestação do serviço de transporte. Governamos quatro anos com minoria na Câmara. E qualquer modificação dos contratos com as empresas exigia a aprovação de um projeto de lei. Só no terceiro ano de governo, conseguimos aprovar a lei de municipalização, que permitia que se remunerasse o serviço não por viagens realizadas, mas também por quilômetros rodados. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Outra lógica passou a reger essa relação contratual. Houve, inclusive, redução do número de passageiros por metro quadrado dentro dos ônibus. Significou melhor qualidade e redução de custos para o usuário. Evidentemente, a Prefeitura teve que arcar com um subsídio maior das tarifas. Era o único meio de melhorar a qualidade do serviço. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Os ônibus representavam muito mais que hoje, em São Paulo. Mais de seis milhões de usuários que dependiam do serviço. O metrô era muito mais limitado. Entre outras medidas que o setor de transporte bolou – particularmente Lúcio Gregori [secretário de Transporte] e sua equipe, havia a criação de um Fundo de Transporte, para o qual contribuiriam, além da Prefeitura, os empresários. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Quem mantinha negócios na cidade – bancos, supermercados, shoppings – deveria também participar dos custos do serviço, já que é um insumo dos negócios. O empresário depende do trabalhador ir e voltar para o trabalho. Era justo que os custos do serviço fossem, no mínimo, repartidos em três partes. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Esse fundo exigia outra lei, que a Câmara recusou-se a aprovar. Houve uma campanha contra essa proposta. O próprio Partido dos Trabalhadores, ao qual eu estava filiada como prefeita, também não entendeu a proposta, resistiu a ela. </span></span></span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong>Como foi o diálogo entre governo e o PT? </strong></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong><strong>Luiza Erundina: </strong></strong>Os setores conservadores difundiam uma visão equivocada, segundo a qual haveria necessariamente abusos, em um serviço gratuito. Segundo este preconceito, o sistema viraria um caos. Toda idéia inovadora, criativa, revolucionária em certo sentido, gera resistência. Tive dificuldade com a Câmara com relação ao transporte porque a oposição sabia que, à medida que a gente conseguisse melhorar o serviço, e fazer planejamento do tráfego e do trânsito, isso geraria dividendos políticos e eleitorais</span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Também pesou o fato de não mantermos aquela prática fisiológica, promíscua que normalmente existe na relação do Executivo com o Legislativo, sobretudo a história da Câmara Municipal e Prefeitura de São Paulo. Nunca foi uma história muito bonita do ponto de vista da independência e rigor ético na relação entre os dois poderes. Tudo que se tentava criar de novo no setor de transporte era visto com má vontade, má fé, má intenção. Isso evidentemente inviabilizou a proposta. A Câmara rejeitou o projeto. E hoje sabemos que a ideia está sendo incorporada, cogitada, reapropriada por muitos governos. Não é algo inusitado: em outros países, a divisão dos custos do transporte já se faz há muito tempo. </span></span></span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong>Os movimentos sociais reivindicavam a tarifa zero?</strong></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Luiza Erundina:</strong>O problema é que, quando se conseguiu construir essa proposta, faltavam poucos meses para fechar o orçamento da cidade. O Executivo é quem manda o projeto de lei orçamentária. Se não me engano, restavam três ou quatro meses para apresentar o projeto na Câmara. Não houve tempo suficiente para esclarecer certos setores que, não por má vontade, mas por desconhecimento, por não terem domínio da proposta no seu todo, ficavam desconfiados, inseguros, em dúvida.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong><br />
Mas a população aprovou.</strong></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Luiza Erundina:</strong>A população aprovou. Só que não conseguimos acumular força política, pressão externa ao Legislativo… e a mídia também. Enfrentamos o cerco da Câmara e o da mídia. Talvez a gente não tenha sido muito competente na relação com a mídia. Até porque nós tínhamos muito rigor, muita preocupação em não extrapolar os investimentos em comunicação, em publicidade, em propaganda. Porque as carências na cidade eram tão grandes…</span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Vendo de fora, a uma certa distância e fazendo autocrítica, talvez a gente pudesse ter construído melhor aquela relação. Não com os donos dos veículos de comunicação, mas com os jornalistas, os trabalhadores da mídia. Se tivéssemos mais flexibilidade — não no sentido de ceder às práticas antiéticas, desonestas, corruptas, mas adotando uma política de comunicação mais flexível, mais aberta. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Alguns jornalistas simpáticos ao nosso governo nos contavam que tinham reuniões diárias com os coordenadores das matérias para saber como dava para bater na prefeita, criticar o governo. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Mas ficou a ideia. E quando a ideia é boa, necessária, oportuna, ela vinga. Se não vingar naquele espaço, naquele tempo, naquele governo, mais cedo ou mais tarde vai vingar. Em algum momento, em algum lugar, em algum espaço mais democrático, mais compreensivo. </span></span></span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong>A falta de compreensão por falta da mídia e dos partidos contrários à tarifa zero pode ter um pouco de preconceito de classe? Em não querer admitir que todos, inclusive osmais pobres, possam se locomover por todos os espaços?</strong></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Luiza Erundina:</strong>Com certeza. É o preconceito de que o pobre não é civilizado, não é educado, não vai entender os limites do uso de um serviço público. O pobre sabe fazer isso melhor do que o rico que nunca fez, não precisa usar. E a carga de preconceito que havia contra meu governo, contra mim pessoalmente. Mulher, nordestina, do PT, de esquerda, independente, que não cedia a nada do ponto de vista do que era ético, justo para a cidade, do que era correto. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Eu era vista como alguém que atrapalhava os interesses dos privilegiados, dos que sempre tiveram controle do Estado, da Prefeitura. A mentalidade patrimonialista vê o Estado como propriedade de uma classe, ou um segmento dessa classe. Tudo que vier no sentido de destinar meios, recursos, ação do Estado para incluir a maioria excluída, ou os trabalhadores, é atacado</span></span></span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong>O transporte coletivo está voltando para o centro das atenções da sociedade. O que a senhora acha da ideia de tarifa zero hoje?</strong></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Luiza Erundina:</strong>Depende da estratégia que se use. Acho que hoje, com o agravamento do trânsito, do transporte, os custos do sistema que crescem a cada dia – diante de tudo isso, as prioridades de investimento tendem a se alterar. Ao invés de construir tanto túnel, viaduto, vias expressas para favorecer o fluxo de automóveis, que se inverta essa tendência e se invista em outro tipo de infra-estrutura urbana, com vista ao transporte de massa, o transporte coletivo, a integração entre os vários sistemas. Um planejamento da cidade que atente para outra lógica: não a atual, em que todo o fluxo do tráfego e trânsito flui para o centro da cidade.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong>Descentralizar o serviço público seria uma alternativa complementar?</strong></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Luiza Erundina:</strong>Exatamente. Não só descentralizar, mas distribuir o fluxo de tráfego a partir de outro planejamento. Que as regiões tenham seu planejamento próprio e que ele esteja integrado ao das outras regiões, guardando entre si uma certa lógica, uma racionalidade capaz de reduzir fluxos, custos e tempo de deslocamento. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Já tínhamos o entendimento disso há vinte anos, mas não as condições políticas, correlação de forças na sociedade. Fomos eleitos pela maioria da população pobre e trabalhadora da cidade. Mas o nível de organização e participação política desse segmento não eram, naquele tempo, suficientes, – nem são, ainda — para respaldar um governo que invertesse toda lógica que predominava na vida da cidade. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Apesar disso, tivemos ousadia, coragem e, modéstia parte, competência. Era uma equipe muito competente, muito criativa, idealista, corajosa, ousada e que deixou marcas…</span></span></span><br />
<span style="font-family: Times,serif; font-size: x-small;"><strong>A senhora acha que seria possível construir hoje a proposta da tarifa zero, e lutar pelas questões do transporte, sem mobilização popular?</strong></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Luiza Erundina:</strong>Não, temos que mobilizar. E não se trata apenas de mobilizar os setores populares, mas de fazer um trabalho de opinião pública, no sentido de traduzir os aspectos técnicos dessa proposta, da inteligência que ela contém em si mesma. Talvez devêssemos todos nós, não só vocês que estão empenhados nessa bandeira, ampliar esse arco de alianças, de forças políticas e de interessados em conhecer melhor a proposta. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Para ver se ela se torna uma política pública não apenas de uma cidade, mas do país. Talvez fosse a hora de se trazer o debate, por exemplo, para uma comissão da Câmara dos Deputados, para o Congresso Nacional. Trazer os especialistas e os não-especialistas, os favoráveis e os não-favoráveis e recolocar a ideia na agenda do país. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Inclusive porque o problema do trânsito – e, sobretudo, do transporte coletivo de massa – ainda é um desafio que não se resolveu. Muito menos, nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife etc. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Vamos discutir! Quem sabe, com outra conjuntura, seja possível fazer valer uma ideia tão genial, tão criativa e tão justa no ponto de vista da maioria, que são os que dependem do transporte coletivo. Quero me colocar à disposição dessa luta. Sou uma entusiasta da ideia e de outras que nosso governo teve na época. Era uma equipe muito boa, competente, corajosa. Marilena Chauí, Paul Singer, Paulo Freire, Lúcio Gregori, Paulo Sandroni. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times,serif;"><span style="font-size: x-small;">Mas a gente chega lá um dia. Se não foi vinte anos atrás, será um dia. A história dá saltos. O importante é você apostar em ideias inovadoras, apostar nelas, e acumular forças. Passa pela vontade popular. Dom Tomás Balduíno já dizia que o novo o povo é que cria. E é mesmo!</span></span></span><br />
http://www.outraspalavras.net/2011/04/28/erundina-%E2%80%9Ce-possivel-desprivatizar-metropoles-brasileiras%E2%80%9D/Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-65792095942995480462011-04-29T15:41:00.002-03:002011-04-29T15:41:17.638-03:00Modernização capitalista e reforma agrária<div class="ecxfield ecxfield-type-userreference ecxfield-field-comentarista-blog"> <div class="ecxfield-items"> <div class="ecxfield-item ecxodd"><span class="ecxcomentarista-post">Por <a href="http://www.advivo.com.br/usuario/joaquim-aragao" target="_blank" title="Ver perfil do usuário.">Joaquim Aragão</a></span> </div></div></div>Temos de analisar a reforma agrária não apenas como uma questão de justiça social e sim de urgência nacional. O solo brasileiro é a grande riqueza nacional, e esse recurso é pessimamente utilizado; pior, ele está sendo devastado. Basta sobrevoar os estados do Sul e do Sudeste (nem precisamos ir às fronteiras agrícolas) para ver o quanto a terra é mal utilizada e maltratada. Muita terra devastada e abandonada. Cada vez mais novos desertos...Como nosso país é feio, visto de cima! Não precisa nem viajar sobre a Europa, onde a disparidade é gritante; até nos outros países da América do Sul o solo é melhor aproveitado!<br />
O nosso modelo latifundiário, além de não agregar valor e estar dominado pelo capital estrangeiro (pel menos nas partes mais agregadoras de valor), se esgotou em termos de produtividade. Temos de dar um choque de produtividade no nosso maior recurso.<br />
<a href="" name="more" target="_blank"></a><br />
<a href="" name="more" target="_blank"></a> Assim, a reforma agrária tem de ser desenhada como uma políticia estratégica, para fazer o nosso solo render mais, dados, claro, os limites ambientais existentes (preservação dos mananciais de água, da qualidade do solo e dos recursos naturais). A lógica industrial de grande produção não pode ser transferida automaticamente para o campo: a experiência negativa da agricultura socialista, que se apoiou na grande produção industrializada, é prova disso!<br />
Para boa parte dos produtos, a escala de ótima de produção dos empreendimentos é menor do que nas industrias de transformação, e cabe muito bem na agricultura familiar. Na Europa, a agricultura familiar é a grande força produtiva e política (o que não impedem que eles estejam ligados e sendo brutalmente explorados pelos setores industriais de insumo e comerciais...).E como ela é moderna e produtiva (basta ver as feiras agrícolas e de alimentos)!<br />
Assim sendo, a reforma agrária deve visar, antes de mais nada, a profusão de uma moderna agricultura familiar, não apenas redistribuindo e aproveitando melhor o patrimonio do solo, mas também apoiando o empreendedorismo desses agricultores. Claro, protegendo-os devidamente da superexploração selvagem do agrobusiness, sem deixar de integrá-los, de forma intensamente regulada, a esse business.<br />
Claro, isso vai provocar uma revolta dos latifundiários. Mas aí o governo tem de ser firme, com as seguintes medidas:<br />
a) aumentar as exigências para que os imóveis rurais sejam considerados como produtivos.<br />
b) recentralizar e aumentar os impostos sobre a propriedade rural; aplicar tributação punitiva para propriedades avaliadas como improdutivas;<br />
c) possibilitar que dívidas agrícolas sejam quitadas mediante devolução de terras, pelo menos parcial;<br />
d) incentivar, junto ao agrobusiness, o apoio à agricultura familiar;<br />
e) reforçar os programas de qualificação agrícola, inclusive a melhoria radical do ensino fundamental em ambiente rural.<br />
f) apoio à construção e ao financiamento habitacional rural, no contexto de um programa de urbanização agrícola, que contenha as demais infra-estruturas urbanas para a população agrícola.<br />
g) legalização das terras griladas sómente com disponibilização de boa parte delas para a reforma agrária e preservação ambiental, e pagamento de uma indenização razoável à sociedade. O projeto de Lei atualmente em tramitação tem de ser retirado da pauta.<br />
h) racionalização do uso dos recursos hídricos, preservação do solo e das paisagens naturais, e adoção obrigatória de projetos de paisagens rurais no planejamento regional.<br />
i) Políticas de combate á pobreza rural que partam da eliminação das relações de dependência e exploração a que estão submetidas as popuções rurais: além de bolsas, democratizar o direito ao acesso aos recursos hídricos e energéticos; ao solo, ao financiamento, à educação e à saúde.<br />
Essas medidas têm de ser compreendidas não como "revolução socialista", e sim como modernização da nossa economia capitalista, atualmente atrasada e dependente, para que o campo possa ser melhor utilizado enquanto patrimônio nacional. O combate à inflação, a redução das fragilidades macroeconômicas, tudo isso passa por esse tipo de reforma agrária.<br />
O contribuinte urbano não pode continuar a financiar a agricultura improdutiva com empréstimos e infra-estruturas sem que o atual agrobusiness (que de moderno só tem o nome) faça a sua parte.<br />
(Comentário ao post <span style="line-height: normal;"><strong><a href="http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mst-se-reune-com-anastasia" target="_blank">MST se reúne com Anastasia</a></strong>)</span><br />
De <a href="http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/modernizacao-capitalista-e-reforma-agraria#more" target="_blank">Luis Nassif online</a>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-42401511308461602132011-04-29T15:24:00.000-03:002011-04-29T15:24:48.545-03:00CONFIRMADISSIMO: Encontro de Blogueiros e Midias Sociais no ES<h3><br />
</h3><div style="text-align: left;"><div><span style="color: red; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Encontro de Blogueiros e Mídias sociais- Internet Trincheira de Lutas- a Informação como Direito Fundamental dosPOVOS</span></div><div><span style="color: red; font-size: 16pt; line-height: 115%;">CONFIRMADISSIMO</span></div><div><span style="background: none repeat scroll 0% 0% silver; color: red; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Local : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA do ES – </span></div><div><span style="background: none repeat scroll 0% 0% silver; color: red; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Solicitada pelo mandato do deputado Genivaldo LIEVORE- PT-ES Comissão de DIREITOS HUMANOS DA ALES</span></div><div><span style="background: none repeat scroll 0% 0% silver; color: red; font-size: 16pt; line-height: 115%;">dias 03, 04 e 05 de junho</span><span style="color: red; font-size: 16pt; line-height: 115%;"></span></div><div><b>Confirmadas até o momento : </b></div><div><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Mesas com a presença</span></b> de </div><div><b>Silvio Tendler</b>( Cineasta que exibira tb. o Filme UTOPIA E BARBARIE com debate aberto a sociedade em Geral), <b>Mario Augusto Jackobinsk</b>( Ex- Pasquim, Direto da Redação, Union de Los Pluebos dentre Outros<b>), Milbs</b> ( O REbate), <b>Milton Temer</b> (Ex deputado Federal -PSOL-RJ, Lutas bolivarianas e dos Povos Arabes, ), <b>Laerte Braga</b> ( Jornais e Blogs diversos), <b>Carlos Cobacho</b> ( advogado e humanista, conselheiro de DH- Primeira turma formada pela Secretaria Nacional de DH). Blogueiros e mídias estaduais estão sendo contatadas para palestras a serem confirmadas posteriormente, assim como os nacionais.</div><div><br />
</div><div><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Stand Em tempo Integral sobre BANDA LARGA com AUTONOMIA CIDADA</span></b>,<br />
explicando a sociedade em geral O QUE, COMO e PRA QUE, além da <br />
transmissão técnica ( Via Sites inscritos para tal - já temos o site da <br />
ASSINPOL, Inova Brasil, Union de Los Pueblos, Rebate)) ao vivo de todo o<br />
Encontro e eventos paralelos em tempo que não estiverem acontecendo palestras do Encontro)</div><div><br />
</div><div><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Co Produção</span></b> (confirmadas até o presente momento) –</div><div> Dagmar Volpi ( Blogs , Grupos e Associação de Funcionarios GAROTO)- </div><div>Nanda Tardin (IGRAT, Blogueira, humanista), </div><div>JuniorFialho (ASSINPOL- Associação de Investigadores da Policia Civil), </div><div>Tadeu Nicoletti , </div><div>Rogerio Brasil ( Inova Brasil , fundador da PRO-CUT ), </div><div><br />
</div><div><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Colaboradores e organizadores Direto</span></b>: </div><div><b>Carlos Papel</b> ( Movimentos Culturais e Eventos paralelos ), </div><div><b>Alcionnes Eanes</b> ( Organizaçaõ e resgates de DH), </div><div><b>Cassia Almeida</b> ( mobilização Sindical e social).</div><div><b>Luiz Aparecido</b> ( Ex Preso Politico – Jornalista, Cientista Social, Dirigente PCdoB- Blog Luiz AP)</div><div>Outros ( a medida que forem identificados voluntarios, adentraram em lista complementar)</div><div><br />
</div><div><b>Jornais virtuais do ES já confirmaram fazer a cobertura jornalistica </b>do Evento desde a divulgação.</div><div><br />
</div><div>A Medida que formos recebendo voluntários acrescentamos os nomes . </div><div><br />
</div><div>A ONU viabiliza transformar a Banda Larga em DIREITO FUNDAMENTAL dos POVOS. </div></div>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-29022964972098607872011-04-29T15:14:00.002-03:002011-04-29T15:14:55.944-03:00Blogueiro do Paraná cogita "asilo virtual"<div><br />
</div><div>Publicado originalmente no <a href="http://altamiroborges.blogspot.com/2011/04/blogueiro-do-parana-cogita-asilo.html" target="_blank">Blog do Miro</a></div><div><br />
Nesta semana a mídia nacional deu destaque à fúria do senador paranaense Roberto Requião (PMDB) que, irritado com perguntas sobre sua pensão de ex-governador, tomou um gravador de um repórter temendo a edição da entrevista. O caso ganhou páginas e páginas nos jornais, foi tema em todos os telejornais e ainda se alastra pelas redes sociais de forma viral.</div><div><br />
Outro episódio explosivo ocorrido uma semana antes envolveu o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que foi flagrado numa blitz no Rio de Janeiro dirigindo com a carteira de habilitação vencida. A recusa do tucano em fazer o teste do bafômetro levantou a suspeita de que conduzia o veículo sob efeito do álcool.</div><div><br />
A perda de paciência de Requião com o repórter, como ele próprio reconheceu depois na tribuna do Senado, serviu como uma luva para encobrir o escândalo do colega tucano. Para a mídia, nada como um fato sensacional para suplantar outro fato sensacional. E assim segue o baile na República.</div><div><br />
Ambos os eventos, envolvendo Aécio e Requião, expuseram a Câmara Alta e muitos enxergaram aí tratamento distinto na dita grande imprensa. Obviamente foram acontecimentos diferentes, mas, sem entrar no mérito de cada um, o peemedebista fora mais castigado do que o tucano.</div><div><br />
Paralelamente às confusões no Senado, pouco ou quase nada se discutiu a respeito da censura implacável que o blogueiro paranaense Esmael Morais, dono do "Blog do Esmael" (<a href="http://www.esmaelmorais.com.br/" target="_blank">http://www.esmaelmorais.com.br</a>), vem sofrendo na Justiça pelo vigésimo segundo dia consecutivo, a pedido do governador Beto Richa. É caso único de mordaça no país em plena democracia e merece o mais veemente repúdio dos partidos políticos e da sociedade.</div><div><br />
O calvário do blogueiro paranaense teve início em agosto de 2010, durante as eleições, quando ousou manifestar-se sobre a política local e nacional. Anunciou apoio na sua página pessoal ao então candidato ao governo do estado, Osmar Dias (PDT), e a Dilma Rousseff (PT). Não demorou muito e teve seu blog censurado por um batalhão de advogados bem pagos pela coligação do tucano Beto Richa.</div><div><br />
Embora tivesse cumprindo a determinação judicial retirando todas as mais de quinhentas postagens exigidas por Richa, os juízes da 17ª Vara Cível de Curitiba resolveram manter o blog censurado. Foram ao servidor de hospedagem "Locaweb", localizado no estado de São Paulo, e o tiraram do ar liminarmente.</div><div><br />
"Meu blog discute políticas públicas, cidadania. Eu não tenho interesse em ofender ninguém, e o que eles diziam que era ofensivo, eu já retirei", argumenta o blogueiro.</div><div>Como não havia uma manifestação terminativa dos magistrados sobre a questão, restou a Morais recorrer a um servidor dos Estados Unidos, a "Just Host", que alojou a página entre os meses de outubro e março, quando os advogados tucanos lançaram nova ofensiva e conseguiram censurá-lo outra vez alegando que o proprietário do blog disseminava "ódio" e "ofensas" contra Beto Richa.</div><div><br />
"... Sr. Carlos Alberto Richa, sua esposa, Sra. Fernanda Bernardi Vieira Richa, e seu filho o Sr. Marcello Bernardi Vieira Richa, são figuras proeminentes na política brasileira", peticionou o corpo jurídico do governador Beto Richa, ao solicitar a censura do blog em território norte-americano.<br />
"Morais está proibido de publicar qualquer tipo de conteúdo, por uma decisão judicial emitida pela 17 ª Vara Cível da Comarca de Curitiba", complementaram os brucutus tucanos.</div><div><br />
A decisão judicial a que se refere a defesa de Beto Richa é um pedido de indenização que ainda tramita na Justiça do Paraná. Richa, a esposa e o filho – todos eles ocupantes de cargos públicos – reclamam que sofreram "abalo emocional" por causa das postagens do blogueiro e que isso poderia afetar o resultado nas urnas (sic). Havia um pedido da "proeminente" família para que o processo corresse em segredo, mas foi negado.</div><div><br />
Censurado pelo provedor de hospedagem norte-americano, o blogueiro resolveu então alojar novamente o blog em solo verde-amarelo no final de março passado. Contratou os serviços da "Inter.Net", de São Paulo, mas em duas semanas o governador tucano voltou a requerer liminar impedindo a liberdade de expressão.</div><div><br />
"As coisas que eu escrevi foram sobre questões de domínio público. Quem exerce cargo público está sujeito a críticas", afirma Esmael Morais.</div><div><br />
Guilherme Gonçalves, advogado do blogueiro, garante que os fatos que motivaram a primeira liminar, em agosto do ano passado, não existem mais e que, por isso, pediu a revisão da decisão.</div><div><br />
O recurso impetrado pela defesa de Morais está parado há 21 dias nas mãos do juiz Austregésilo Trevisan, da 17ª Vara de Curitiba, autor da liminar que "reformou" a censura contra o blog que vigora tecnicamente há mais de sete meses.</div><div><br />
Sem poder escrever livremente no Brasil, o blogueiro cogita pedir oficialmente "asilo virtual" em Cuba para driblar a perseguição tucana.</div><div><br />
Beto Richa é useiro e vezeiro da censura. Nas eleições de 2010, ele impediu judicialmente que jornais, revistas e portais de notícias de todo o país divulgassem pesquisas de opinião sobre a corrida pelo governo do estado. Na época, até um publicitário foi multado e obrigado a apagar uma mensagem no Twitter que comentava sondagens de institutos nacionais.</div><br />
Em comum, reservadas as proporcionalidades, as três histórias – de Requião, de Aécio e do blogueiro – reforçam a necessidade de haver uma regulamentação da mídia. Os interesses econômicos e políticos não podem sobrepor ao direito à informação e à liberdade de expressão plena. Essas deformações decorrem da oligopolização dos meios de comunicação, que dificultam o exercício do contraditório no Estado de Direito Democrático e possibilitam decisões de cunho arbitrárias no judiciário.Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-85265887115689527342011-04-29T15:06:00.000-03:002011-04-29T15:06:17.036-03:00Clipping do Mario: O Brasil na visão dos americanos, do Eike e do Lul...<a href="http://clippingdomario.blogspot.com/2011/04/o-brasil-na-visao-dos-americanos-do.html?spref=bl">Clipping do Mario: O Brasil na visão dos americanos, do Eike e do Lul...</a>: "O Brasil de hoje é o resultado de uma política originalmente brasileira. Comandada com sensibilidade social, inteligência e retórica popular..."Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-64889899573852144612011-04-29T14:28:00.000-03:002011-04-29T14:28:06.368-03:00Oxi: Nova droga ainda mais destrutiva que o crack Com aparência e efeitos muito próximos ao do crack, a droga conhecida como oxi, ou oxidado, está chegando em diversos estados do Brasil. As primeiras notícias do seu consumo foram no estado do Acre, na Região Norte do país. Na sua composição podem ser encontrados – além da cocaína, como no crack – cal virgem, querosene e gasolina. Em algumas amostras foram encontrados solventes químicos. A preocupação com essa nova droga se deve ao fato de ser mais tóxica e mais barata do que o crack. Isso pode influenciar no aumento do consumo e o número de mortes que esse tipo de droga causa. O oxi pode ser encontrado a partir de R$ 2, valor abaixo que o do crack.<br />
Para debater o assunto, a <strong>Radioagência NP</strong> entrevistou o diretor do Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Elisaldo Carlini. Ele defende que o uso do crack e do oxi precisa ser tratado como um problema social, e não de saúde pública.<br />
<strong>Radioagência NP: Prof. Elisaldo, quais são as semelhanças e diferenças entre o oxi e o crack</strong><strong>?</strong><em></em><br />
<strong>Elisaldo Carlini:</strong> Tanto o oxi quanto o crack estão sob a forma da chamada cocaína básica. A única forma de fazer com que a cocaína básica chegue até o organismo humano é através de fumar. E essa cocaína é absorvida muito rapidamente através do pulmão, e em cinco a dez segundos já está fazendo seu efeito. Agora pode haver diferenças de impurezas. Por exemplo, o oxi é mais tóxico porque ele é feito a partir de cal virgem, querosene ou gasolina. Quando o indivíduo vai fumar o oxi, ele pode estar fumando a cocaína básica e mais impurezas. E as impurezas do crack são menores.<br />
<strong>RNP: E quais são os efeitos provocados por essas drogas nos usuários</strong><strong>?</strong><br />
<strong>EC:</strong> A pessoa perde totalmente o apetite e apresenta uma insônia muito persistente. Isto acaba com qualquer organismo em três ou quatro dias. Além do mais, produz efeitos psíquicos muito claros: inquietação, nervosismo e pode chegar a produzir sintomas de uma pseudo-psicose, chamada psicose cocaínica. Pode ter delírios e alucinações. O que normalmente as pessoas descrevem é que a primeira “pipada” [tragada da droga] dá uma sensação de extraordinário prazer. E eles procuram constantemente repetir esse “tuim” [efeito de prazer], que cada vez fica mais difícil.<br />
<strong>RNP: E quanto aos problemas causados no longo prazo</strong><strong>?</strong><br />
<strong>EC:</strong><strong> </strong>O continuar do uso é que é o grande problema. Se o oxi foi feito com gasolina, com querosene, quantas porcarias se têm? Então, se tem reações tóxicas secundárias, que são devidas aos problemas das contaminações. Pode levar a problemas no fígado, pode irritar a mucosa brônquica e pode anestesiar a boca, a mucosa da boca. Não percebendo isso, ele pode ter fissuras nos lábios, e passando essa latinha de boca em boca, ele pode se contaminar e contaminar os outros. E o outro aspecto também é o processo da degeneração social. As pessoas fazem de tudo, como roubo e a prostituição de ambos os sexos.<br />
<strong>RNP: Pode ser traçado um perfil do usuário de oxi?</strong><strong></strong><br />
<strong>EC: </strong>Do oxi eu não conheço, mas pelas fotos e descrições que eu vi, não tem muita separação. Atinge várias classes sociais, antigamente eram os mais pobres, não é mais. Aqui em São Paulo e Rio de Janeiro pelo menos, nem em Pernambuco. Começa a atingir mais as classes médias. São jovens, eu não conheço nenhum caso de adultos. E quase todos, quando começam, eles não param. E eles atingem uma degradação muito grande, o aspecto físico é lamentável. É um perfil comum do usuário fim de linha, como a gente chama.<br />
<strong>RNP: Na opinião do senhor, como o debate sobre o problema do crack e agora do oxi deveria ser feito na sociedade?</strong><br />
<strong>EC:</strong> Temos que pensar aqui que não é um problema de saúde pública, mas um problema de prevenção. Fazer uma prevenção para evitar que a pessoa chegue até o crack. Segundo lugar, o usuário de crack já perdeu seus elos sociais, familiares, de emprego, situação econômica, amizade. Ele está praticamente isolado do mundo. Se ele se trata e consegue se curar, ele volta pra onde? Ele volta pra uma família que já o rejeitou? Ninguém confia nele para um emprego. Os amigos já foram embora. Ele é jogado de volta exatamente na condição em que ele estava. Teria que haver um programa muito sério de reabilitação social, de procurar um reemprego, ensinar uma profissão, fazer com que ela possa ser reaceita em uma escola. Enfim, fazer com que ele passe a ter um novo ambiente social.<br />
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-63538378705561370172011-04-28T17:01:00.002-03:002011-04-28T17:01:29.329-03:00Justiça proíbe sanções a educadores que participaram da greve de 2007<div class="titulo tahoma21verde"><br />
</div><span style="color: grey;">Quatro anos após a greve dos educadores, realizada entre 12 e 15 de fevereiro, foi publicada hoje (26) sentença judicial que proíbe a prefeitura de Curitiba a punir os grevistas. A decisão do juiz Douglas Marcel Peres, da 3ª Vara da Fazenda, determina que não pode haver “qualquer tipo de sanção disciplinar ou funcional em decorrência da participação no movimento grevista”. Significa que não pode haver incidência de descontos nos crescimentos vertical e horizontal, perda de licença-prêmio, prejuízos na avaliação de desempenho e no estágio probatório. </span><br />
<br />
<span style="color: grey;">Outra questão a ser ressaltada é o reconhecimento do direito de greve dos servidores. “Assim como o direito fundamental ao trabalho, insere-se em igual patamar constitucional o direito de greve, fruto de verdadeira conquista histórica dos trabalhadores, na busca da necessária movimentação e articulação do trabalhador, em busca de melhores e dignas condições de trabalho”, cita o documento jurídico. A decisão contraria o pedido inicial da prefeitura em colocar a greve na ilegalidade.</span><br />
<br />
<div><span style="color: grey;">A conquista só não foi completa porque a decisão mantém o desconto nos vencimentos dos dias parados dos servidores que realizaram a greve. </span></div><div><span style="color: grey;">“É uma grande conquista porque prova mais uma vez para prefeitura que a negociação é o caminho. Agora eles vão ter que reverter as punições. Greve é uma arma legítima e esta decisão abre um precedente importante para acabar com outras punições, como as da greve de 2009”, ressalta o diretor do Sismuc Patrick Baptista.</span></div><div><span style="color: grey;"><br />
</span></div><div><span style="color: grey;"><b>Lembrando</b></span></div><div><span style="color: grey;"><br />
</span></div><div><span style="color: grey;">A greve dos educadores foi um verdadeiro marco na história de luta dos servidores municipais de Curitiba. O resultado daquela greve garantiu uma série de conquistas importantes para os trabalhadores. Entre elas o reajuste de 30% para todos os educadores, o aumento do piso salarial e a implantação da hora-permanência para a categoria. </span></div><div><span style="color: grey;"><br />
</span></div><div><span style="color: grey;">Texto: Guilherme Gonçalves</span></div>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-32675971440333221162011-04-28T16:58:00.002-03:002011-04-28T16:58:34.968-03:00Bloco Minas Sem Censura: Jatinho de Aécio não viaja em céu de bri...por Conceição Lemes<br />
<br />
O senador Aécio Neves (PSDB) faz aniversário em 10 de março. Dizem os<br />
astrólogos que os 30 dias anteriores à data correspondem ao nosso<br />
inferno astral. O do ex-governador mineiro parece estar fora de época.<br />
Começou na madrugada do dia 17 de abril, quando foi parado por uma<br />
blitz no Leblon, Rio de Janeiro, e se recusou a fazer o teste do<br />
bafômetro. E tudo indica não deve terminar tão cedo.<br />
Pelo menos é a leitura pessoal da entrevista que fiz com Bloco Minas<br />
Sem Censura (MSC), criado em 2011, mas gestado desde 2003. Ele é<br />
resultado da união das bancadas do PT, PMDB, PCdoB e PRB na Assembleia<br />
Legislativa de Minas Gerais. O MCS tem 23 deputados num total de 77. O<br />
Bloco tem um site, que só divulga o que pode comprovar. Nos últimos<br />
dias, até furos jornalísticos deu. E novidades estão a caminho.<br />
Confira a entrevista.<br />
Viomundo — Para quem acompanha Minas Gerais apenas pela "grande<br />
imprensa", o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é tudo de bom. O genro que<br />
muita mãe sonha ter: bonitão, charmoso, fala mansa, bem-sucedido, boa<br />
família. E o político que muitos imaginam na presidência da República<br />
devido à versão de que ele fez uma gestão primorosa como governador do<br />
estado de 2003 a 2010. O teste do bafômetro carimbou essa imagem<br />
pública? Até que ponto o episódio abre brecha para que se conheça de<br />
verdade o que foram os oito anos de Aécio como governador de Minas?<br />
Minas Sem Censura — O episódio recente, no Leblon, Rio de Janeiro,<br />
deixou o eleitor dele e admiradores perplexos e decepcionados. Pela<br />
possibilidade de estar embriagado no trânsito, pela recusa ao teste do<br />
bafômetro, pelo tratamento privilegiado quando autuado e,<br />
principalmente, pelas revelações posteriores sobre o Land Rover e<br />
outros carros de luxo. Revelações que abrem suspeitas sobre ocultação<br />
de patrimônio, o que seria crime fiscal.<br />
As tentativas da assessoria e de seus amigos de dissimular os fatos só<br />
pioraram a percepção do ocorrido. Ele foi pego às 3h58 da madrugada<br />
de domingo em circunstâncias bem óbvias. Tentaram fazê-lo de vítima,<br />
como se as críticas fossem invasão de privacidade. Ora, um<br />
ex-presidente da Câmara de Deputados, ex-governador de Minas e senador<br />
da República se envolve em duas ocorrências policiais definidas como<br />
gravíssimas, dirigindo um carro de uma empresa de rádio mineira, que<br />
foi transferida para sua propriedade no apagar das luzes de 2010, e<br />
ainda reivindica tratamento privativo? O cidadão comum, mesmo aquele<br />
que o admira, ficou decepcionado. Afinal, a rua não é sala VIP de<br />
aeroporto.<br />
Viomundo – O que vem a ser o Bloco Minas Sem Censura?<br />
Minas Sem Censura – É a união das bancadas parlamentares estaduais, de<br />
quatro partidos, prevista regimentalmente na Assembléia Legislativa<br />
(ALMG). Ou seja, é um bloco institucional. O Minas Sem Censura (MSC) é<br />
composto pelo PT, PMDB, PCdoB e PRB. Seus líderes e vice-líderes<br />
oficiais são: Rogério Correia (PT), Antônio Júlio (PMDB), Gilberto<br />
Abramo (PRB), Paulo Lamac (PT), Ivair Nogueira (PMDB) e Ulisses Gomes<br />
(PT). O MSC tem 23 deputados estaduais (num total de 77), sendo 11 do<br />
PT, 8 do PMDB, 2 do PCdoB e 2 do PRB.<br />
Viomundo –Como, quando e por que surgiu?<br />
Minas Sem Censura – Na verdade, o Bloco é resultado de oito anos de<br />
resistência política, do acúmulo programático das disputas pelo<br />
governo do estado em 2002, 2006 e 2010 e do entendimento de que Minas<br />
carece de um projeto de desenvolvimento, com distribuição de renda.<br />
Esses 23 deputados são bem distribuídos no estado, a maioria é<br />
experiente. A constituição do Bloco incentivou os diretórios dos<br />
partidos e suas bancadas federais a se unirem também. Tal movimento é<br />
inédito em Minas.<br />
Viomundo – O "sem censura" é uma resposta política ao silêncio que<br />
Aécio impôs à mídia mineira?<br />
<br />
Minas Sem Censura – Não só à mídia. Mas ao silêncio de várias outras<br />
instâncias, como o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público<br />
Estadual, o Tribunal de Justiça, a própria Assembleia Legislativa, os<br />
meios acadêmicos… Ainda que nessas instituições existam pessoas<br />
dispostas a resistir, suas lideranças e dirigentes sempre se afinaram<br />
com o projeto pessoal de poder de Aécio. Em conseqüência, ficou<br />
parecendo para o Brasil que Minas é uma ilha de prosperidade. O que é<br />
falso. O caso mais gritante é o da nossa Assembleia Legislativa, que<br />
se tornou homologatória das ordens do governo, sem autonomia.<br />
No caso específico da mídia mineira, a distribuição de verbas de<br />
publicidade tem servido à compra da adesão ao governo. No caso da<br />
nacional, a despeito de gastos do governo com publicidade, a adesão é<br />
mais ideológica. O perfil neoliberal e privatista de Aécio é bem visto<br />
por essa mídia nacional.<br />
Viomundo – Aqui em São Paulo o ex-governador José Serra (PSDB) "pedia<br />
a cabeça" de jornalistas que ousavam perguntar algo que não estivesse<br />
no script acertado com a sua assessoria. O que aconteceu em Minas com<br />
os jornalistas "desobedientes"?<br />
Minas Sem Censura – Vários documentários, denúncias do Sindicato dos<br />
Jornalistas, relatos formais e informais de repórteres e empresários<br />
de comunicação demonstraram o tacão disciplinador de Aécio. Muitos<br />
"desobedientes" foram demitidos, outros transferidos. Isso fez com que<br />
a autocensura se tornasse prática comum nas redações. Aqui, algumas<br />
empresas jornalísticas aderiram – ideologicamente! — ao projeto de<br />
poder pessoal dele.<br />
Agora, ele não usou apenas o tacão disciplinador como forma de impor<br />
adesões. Ele conseguiu principalmente a adesão da elite empresarial do<br />
estado para o projeto de recolocar Minas com peso no cenário nacional,<br />
sob o argumento de que isso seria conseguido com sua eleição à<br />
presidência da República.<br />
Aécio Neves é produto de circunstâncias bem identificáveis. Herdou um<br />
governo caótico, o de Itamar Franco, que por sua vez foi vítima da<br />
herança de dois governos tucanos: a do governador Eduardo Azeredo<br />
(1995-98), que legou a Itamar um estado "quebrado"; e a do FHC<br />
(1999-2002), que prejudicou Minas o quanto pode enquanto esteve na<br />
presidência da República.<br />
Aí, o então governador "nadou de braçadas". Aécio surge nesse contexto<br />
e monta, para si, uma poderosa máquina de produção e posicionamento de<br />
imagem. Tudo isso orientado para seu projeto pessoal de poder.<br />
Viomundo – No site de vocês é dito que se vive em Minas "um atípico<br />
estado de exceção". É dito ainda que Aécio adotou práticas que<br />
constrangem também juízes, procuradores, promotores, conselheiros,<br />
movimentos sociais, intelectuais, acadêmicos e pesquisadores etc. Que<br />
práticas são essas?<br />
Minas Sem Censura – Isso inclusive inspirou o nosso nome. Não é um<br />
estado de exceção típico, como ocorreu na Alemanha nazista, com a<br />
suspensão formal de direitos universais. Mas um estado de fato de<br />
exceção, onde o poder econômico do governo compra a adesão ou impõe o<br />
terror da distribuição discriminatória de recursos.<br />
As más práticas já denunciadas: dificuldades de tramitação de pedidos<br />
de suplementação orçamentária para instâncias que deveriam ser mais<br />
autônomas, alocação discricionária de recursos para prefeitos,<br />
profusão de consultorias contratando mão de obra nas universidades<br />
(para suas pesquisas e relatórios pouco produtivos), interferência na<br />
eleição das direções de várias instituições. Um exemplo bem<br />
elucidativo: enquanto Lula acatava a indicação do "primeiro" da lista<br />
tríplice para a titularidade da Procuradoria Geral da República, Aécio<br />
nunca optou por esse caminho em relação ao Ministério Público<br />
Estadual.<br />
Viomundo – Se o Bloco tivesse de selecionar três fatos ou obras do<br />
governo Aécio, vendidos como exemplos de probidade e gestão competente<br />
mas que não correspondem à verdade, o que destacaria?<br />
Minas Sem Censura – Vamos lá.<br />
1) "Déficit zero" – Se verdade, significaria o equilíbrio entre<br />
receitas e despesas. Só que o professor Fabrício Oliveira comprovou<br />
que foi um simples exercício de "contabilidade criativa". Nada mais é<br />
que do que a manipulação de rubricas variadas, de forma a produzir<br />
resultados artificiais de equilíbrio fiscal, que não são verificáveis<br />
no caixa do governo. Além, claro, de arrocho salarial e restrição de<br />
recursos para saúde e educação, a ponto de não cumprir os "mínimos<br />
constitucionais" exigidos para essas áreas.<br />
2) "Choque de gestão" – Além do falso "déficit zero", o choque se<br />
completa com a intrusão de ferramentas gerenciais privadas nos<br />
processos de gestão públicos, como se estas fossem curar todos os<br />
males da máquina administrativa . Aí, vem os técnicos e criam "ilhas<br />
de excelência", ou seja, algumas políticas públicas restritas, apenas<br />
para que sirvam de propaganda de êxitos que são, na prática,<br />
questionáveis e muito parciais.<br />
Ao final, o estoque da dívida real do estado cresceu de 33 bilhões, em<br />
2003, para 59 bilhões de reais em 2011. Mantêm-se as fortes<br />
desigualdades regionais que caracterizam Minas e cresce a<br />
desindustrialização no estado. O próprio Itamar, hoje aliado de Aécio,<br />
se refere ao choque de gestão como "uma conversa fiada". O artigo<br />
crítico do professor Fabrício Oliveira (Choque de Gestão: verdades e<br />
mitos) pode ser encontrado em <a href="http://migre.me/4kShA" target="_blank">http://migre.me/4kShA</a>.<br />
3) Centro Administrativo – Desnecessário e na contramão da tendência<br />
mundial contemporânea de descentralização. Mais de R$ 1,5 bilhão foi<br />
gasto para produzir uma obra destinada a criar uma imagem "Kubitschek"<br />
de empreendedor, desenvolvimentista e de jovialidade para o pretenso<br />
candidato à presidência da República. Arquitetos e engenheiros estimam<br />
que em aproximadamente 15 anos idêntica quantia será gasta em<br />
manutenção, adaptação e correção do projeto estrutural. Aliás, a<br />
pressa da inauguração expôs falhas e deficiências da obra, que já<br />
estão sendo investigadas.<br />
Viomundo – Nos últimos dias, vieram a público o teste do bafômetro, a<br />
estranha frota de carros de luxo da rádio, a história do jatinho… Que<br />
medidas pretendem adotar em relação a esses fatos?<br />
Minas Sem Censura — Exercendo nossas atribuições constitucionais<br />
estamos investigando esses e outros fatos. Serão acionadas outras<br />
instâncias que têm atribuição de apurar os mesmos fatos. O "jato<br />
familiar" tem custos. Quem banca?<br />
Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Há, por exemplo, o aluguel para<br />
o grupo Fasano, de um megaedifício do Instituto de Previdência dos<br />
Servidores Estaduais de Minas Gerais (IPSEMG), na região mais<br />
valorizada da cidade, por R$15 mil mensais. Só que o próprio processo<br />
de licitação registra pesquisa que aponta para um valor de mercado de<br />
até R$ 200 mil reais por mês. Tem o problema das contas públicas, que<br />
não batem nos "mínimos constitucionais" para a saúde e a educação. Tem<br />
crime eleitoral na eleição de 2010. Tem a negligência na cobrança de<br />
royalties de mineração…<br />
Antes, a máquina de propaganda de Aécio divulgava a realização de<br />
programas e a alocação de recursos federais, como se fossem estaduais.<br />
Hoje somos o contraponto a essa manipulação.<br />
Viomundo – O Bloco também tem um blog?<br />
Minas Sem Censura – Não temos blog. Temos um site. Há um blog fake que<br />
leva nosso nome. Foi criado para confundir. Ou seja, alguém registrou<br />
o "domínio" para evitar que usássemos o nome Minas Sem Censura em um<br />
blog.<br />
Conseguimos registrar o <a href="http://www.minassemcensura.com.br/" target="_blank">www.minassemcensura.com.br</a> para o site,<br />
Facebook e Flicker; para o Twitter, @MGsemcensura. Esses são os<br />
veículos eletrônicos oficiais. Juntando o mailing do Bloco, dos<br />
deputados, diretórios dos partidos, militantes e ativistas, estamos<br />
atingindo mais de 900 mil endereços eletrônicos validados (sem Spam)<br />
em todo o Brasil. Teremos ainda impressos e outros materiais de<br />
divulgação de nosso trabalho. Todo esse esforço visa a divulgar a<br />
identidade do Bloco Minas Sem Censura: somos pró-Dilma,<br />
pró-desenvolvimento de Minas, com distribuição de renda e, óbvio, de<br />
oposição ao projeto neoliberal tucano para as Alterosas.<br />
Viomundo – Também nos últimos dias, o site do Bloco trouxe em primeira<br />
mão alguns fatos em relação a Aécio, certo? O que destacariam?<br />
Minas Sem Censura – Sim, é verdade. O fato mais importante até agora é<br />
a história detalhada da Rádio Arco-Íris e seus automóveis de luxo.<br />
Trata-se de uma bem fundamentada informação que abre a suspeita da<br />
prática de ocultação de patrimônio, o que seria crime fiscal. Outras<br />
evidências estão a caminho. Aliás, um deputado estadual tucano, João<br />
Leite, em nota oficial reconhece que há dinheiro público alocado na<br />
tal Rádio. Ou seja, configura-se uma irregularidade insanável.<br />
Expusemos, em primeira mão, as imagens "printadas" das ocorrências<br />
policiais referentes à carteira apreendida, à multa por recusa ao<br />
teste (com a devida presunção da embriaguês ou drogadição), às multas<br />
por excesso de velocidade. Denunciamos a censura ao site do Detran MG<br />
(na sexta, dia 22), da seção em que vinham as citadas ocorrências.<br />
Revertemos mais essa operação abafa.<br />
Denunciamos também o caso IPSEMG/Fasano, a manipulação da prova de<br />
avaliação de um programa específico do governo de Minas, que trazia um<br />
ataque direto a Lula numa das questões da prova (que resultou na<br />
anulação do teste). Denunciarmos a retirada do ar da respectiva<br />
página eletrônica. Enfim, há muitos outros temas gerais e específicos<br />
que divulgamos em primeira mão.<br />
Temos fontes sérias, uma assessoria coletiva do Bloco que pesquisa e<br />
checa informações, as assessorias dos próprios deputados.<br />
Evidentemente, preservamos as fontes, até porque são pessoas que,<br />
depois de oito anos de opressão, se sentem mais livres para colaborar<br />
com o bloco de oposição.<br />
Viomundo – O site do Bloco tem recebido crédito pelos "furos" jornalísticos?<br />
Minas Sem Censura – Às vezes não, às vezes relativamente (risos).<br />
Viomundo – Qual a política do site do Bloco?<br />
Minas Sem Censura – Antes de mais nada, o MSC é propositivo. O que<br />
nos une é a identidade com a política de desenvolvimento, distribuição<br />
de renda. Queremos isso para Minas. O estado carece da mais básica<br />
política industrial, por iniciativa própria. O que temos aqui foi<br />
herdado de governos anteriores ou é reflexo do governo Lula. O minério<br />
de ferro de nosso subsolo está se formando há três bilhões de anos.<br />
Logo, não foi o "choque de gestão" que o colocou lá.<br />
O MSC também recebeu delegação do povo mineiro para ser oposição, que<br />
é fiscalizatória e programática. Por isso denunciamos a censura aqui<br />
instalada.<br />
Fazemos isso de maneira republicana e ética. Só divulgamos e debatemos<br />
fatos que podemos comprovar. Rejeitamos a invasão da esfera íntima de<br />
quem quer seja. Assim como rejeitamos também o uso do direito à<br />
"privacidade", como meio de encobrir malfeitos públicos. O que fulanos<br />
e beltranos fazem ou deixam de fazer na esfera íntima não nos<br />
interessa, a menos que repercuta em direitos de terceiros, no<br />
patrimônio público, no desacato às leis e às instituições do estado.<br />
Aécio está abusando do pleito de direito à privacidade para turvar<br />
outros assuntos. Ele não está preocupado com sua fama de "boa vida",<br />
como a ele se referiu o tucano paulista Alberto Goldman, mas com os<br />
desdobramentos dos fatos seguintes ao episódio da ocorrência policial<br />
no Leblon: carros de luxo, uso de jato particular e algumas relações<br />
empresariais problemáticas.<br />
Viomundo — O atual líder do Bloco, Rogério Correia, é do PT, partido<br />
que na política mineira tem alianças formais e informais com os<br />
tucanos. Exemplo disso é a eleição para a prefeitura de Belo<br />
Horizonte, em 2008, cujo acordo para formação da chapa teria sido<br />
sacramentado entre o ex-prefeito Fernando Pimentel (PT-MG), atualmente<br />
ministro de Desenvolvimento, e Aécio. Como fica esse relacionamento<br />
agora?<br />
Minas Sem Censura – A aliança de 2008 é controversa e dividiu o PT e a<br />
base de Lula. Agora, foi feita uma reunião do Bloco com deputados<br />
federais, direções partidárias e lideranças municipais dos quatro<br />
partidos. Algo inédito para a oposição mineira. Chegou-se a um acordo<br />
de se esforçar para que a aliança com o perfil do MSC seja reproduzida<br />
onde for possível em 2012. No caso de BH, a orientação é construir uma<br />
tática comum. A política de alianças fica para ser discutida no<br />
momento adequado. O PMDB deve apresentar candidato, o PCdoB também, o<br />
PT ainda vai discutir o tema. Mas há um grande consenso: nada de<br />
aliança formal, informal ou disfarçada com o PSDB. A idéia é acumular<br />
forças em 2012 para 2014.<br />
Viomundo – No site de vocês há a seguinte frase de Guimarães Rosa:<br />
Minas, são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces<br />
das Gerais. O que o Bloco pretender fazer para que muitos conheçam as<br />
mil faces das Gerais, inclusive aquelas que muitos gostariam de deixar<br />
embaixo do tapete?<br />
Minas Sem Censura – É exatamente isso. Por meio de uma grandiosa<br />
máquina de posicionamento de imagem e medidas intimidatórias, numa<br />
conjuntura favorável, Aécio criou o mito de que ele seria a única face<br />
de Minas.<br />
Nunca foi assim antes. Candidatos a prefeito que ele apoiou, perderam<br />
várias eleições municipais em 2004 e 2008, na maioria das cidades<br />
importantes do estado. Mesmo em BH, 2008, junto com Fernando Pimentel,<br />
quase que seu candidato, Marcio Lacerda, perdeu a eleição para o PMDB.<br />
Gastaram mais do que se gastou em São Paulo, capital, para evitar a<br />
derrota em BH.<br />
Aécio também manteve uma relação ambígua com o governo Lula durante<br />
anos. Exemplo: ele nunca quis testar seu real prestígio e liderança,<br />
apoiando com sinceridade Serra em 2002, Alckmin em 2006 e Serra<br />
novamente em 2010. Ele nunca teve coragem de medir força diretamente<br />
com o PT e Lula.<br />
Hoje, ele é um, entre 81 senadores. E no Senado, quem chegou lá, não<br />
foi pelo brilho dos olhos. E ainda teve o azar de perder um aliado<br />
fiel, o Elizeu Rezende, que faleceu. É visto com desconfiança pelo<br />
grão-tucanato. O PSDB e os aliados estão em crise, definhando. O<br />
governador Anastasia vai ter de escolher: governa um estado com<br />
finanças precárias ou permanece à disposição do artificial<br />
posicionamento de imagem do "pobre menino rico". Quem se sentia<br />
intimidado, começa a superar essa condição. Além disso, ele se vê às<br />
voltas com indícios de ocultação de patrimônio. Reciclar o projeto<br />
"Aécio 2010″ para 2014 não será fácil.<br />
O MSC, por seu turno, segue em suas missões. O movimento social está<br />
mais revigorado. Os prefeitos e prefeitas de Minas já têm canal de<br />
interlocução direta com o governo Dilma. Ou seja, o jatinho de Aécio<br />
não viaja em céu de brigadeiro.<br />
Meu twitter: @conceicao_lemes, siga à vontade.<br />
PS do Viomundo: O Bloco do MSC é composto pelos seguintes deputados<br />
estaduais de Minas Gerais: Rogério Correia (PT), Gilberto Abramo<br />
(PRB), Ivair Nogueira (PMDB), Paulo Lamac (PT), Ulysses Gomes (PT),<br />
Adalclever Lopes (PMDB), Adelmo Carneiro Leão (PT), Almir Paraca<br />
(PT), André Quintão (PT), Antônio Júlio (PMDB), Bruno Siqueira (PMDB),<br />
Carlin Moura (PCdoB), Carlos Henrique (PRB), Celinho do Sinttrocel<br />
(PCdoB), Durval Ângelo (PT), Elismar Prado (PT), José Henrique<br />
(PMDB), Maria Tereza Lara (PT), Paulo Guedes (PT), Pompílio Canavez<br />
(PT) , Sávio Souza Cruz (PMDB), Tadeuzinho Leite (PMDB)<br />
<br />
-- <br />
EngaJarte-blogCelly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-52845828411559408442011-04-28T16:49:00.002-03:002011-04-28T16:49:59.155-03:00ICI, Lactec e OSS na mira!<a href="https://lh5.googleusercontent.com/-LJUM1anq5Yc/TYNYrY8YwbI/AAAAAAAACkY/vZqMkBc7IVU/s1600/chargesaudemental001-300x210.jpg"><img alt="" class="alignnone" height="210" src="https://lh5.googleusercontent.com/-LJUM1anq5Yc/TYNYrY8YwbI/AAAAAAAACkY/vZqMkBc7IVU/s1600/chargesaudemental001-300x210.jpg" width="300" /></a><br />
Hoje o meu texto “Organizações Sociais e OSCIPs” também foi publicado na Gazeta do Povo. Quando critico o chamado “terceiro setor” não critico a sociedade civil organizada, a Democracia participativa. Critico que entidades privadas sem fins lucrativos substituam o Estado na prestação dos serviços sociais, que sejam utilizadas para privatização do Estado. Critico que entidades como o Instituto Curitiba de Informática, Lactec e organizações sociais da saúde sejam contratadas pelo Estado para fins da fuga do regime jurídico-administrativo. Veja o texto:<br />
Organizações sociais e OSCIPs<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: monospace;">Publicado em 26/04/2011 | <em>TARSO CABRAL VIOLIN</em></span><br />
<em>O Supremo Tribunal Federal está prestes a decidir que as OSs apenas podem ser fomentadas pelo poder público e não utilizadas como delegatárias dos serviços públicos sociais</em><br />
<div id="psdotexto"> As organizações sociais (OSs) e as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs) foram criadas com o discurso de que seria necessário fortalecer a sociedade civil, o terceiro setor, e desburocratizar a administração pública brasileira. São qualificações concedidas pelo poder público a entidades privadas sem fins lucrativos (associações e fundações) que desempenham os chamados serviços sociais ou não exclusivos, como educação, saúde, assistência social, tecnologia e meio ambiente.<br />
O problema é que na prática elas são utilizadas, na maioria das vezes, como forma de fuga do regime jurídico-administrativo por municípios, estados e até pela União. Ou seja, para fins de fuga de concursos públicos, de licitações, do controle do Tribunal de Contas, do controle social, das limitações orçamentárias. Por isso nos últimos anos vários escândalos envolvendo esses tipos de entidades surgiram, com altas somas de dinheiro público sendo desviadas.<br />
O Supremo Tribunal Federal está prestes a decidir que as OSs apenas podem ser fomentadas pelo poder público e não utilizadas como delegatárias dos serviços públicos sociais (Adin 1923), já com voto nesse sentido do ministro relator Carlos Ayres Britto. Essa decisão vincularia também as OSCIPs. Ou seja, a administração pública não pode se utilizar das OSs e OSCIPs como forma de privatização/terceirização, mas sim para fins de fomento do Estado a entidades que executem atividades de interesse público.<br />
É possível, por exemplo, que o poder público repasse verbas públicas para uma associação qualificada como OSCIP que faça estudos sobre uma determinada doença. Desde que a administração pública realize um procedimento seletivo entre as várias interessadas, que respeite os princípios da administração pública, para firmar uma espécie de convênio. Se a intenção do governo é contratar serviços das OSs e OSCIPs, deverá realizar, como regra, licitação, para a celebração de posterior contrato administrativo. Note-se que o serviços a serem contratados apenas serão os relativos às atividades-meio do órgão ou entidade pública, sob pena de caracterização de burla ao concurso público.<br />
Não pode o poder público, seja por meio de licitação ou não, repassar toda a gestão de um hospital, escolas ou museus públicos às OSs e OSCIPs. Assim como também não seria possível contratar professores ou médicos de escolas ou hospitais públicos por meio dessas entidades privadas.<br />
É dever do Estado prestar diretamente serviços públicos de educação e saúde. Existe uma discussão de como uma prestação de serviço atenderia melhor ao interesse público, se por meio de autarquias, fundações públicas de direito público ou privado, ou se por empresas públicas. O que não é possível é o repasse desses serviços para as entidades do terceiro setor.<br />
A Constituição permite que o terceiro setor, e até o mercado, criem entidades que prestem serviços sociais, como forma de complementação ou suplementação das atividades do Estado, podendo até serem fomentadas pelo poder público. O que não é mais aceitável em nossa sociedade é que governantes reiteradamente desrespeitem nossa Constituição ao se utilizarem de subterfúgios para a fuga do regime jurídico administrativo.<br />
<em>Tarso Cabral Violin, advogado, professor de Direito Administrativo da Universidade Positivo é autor do livro Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública: uma análise crítica.</em><br />
</div>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-56826343822415506312011-04-28T16:33:00.000-03:002011-04-28T16:33:01.387-03:00Pela Comissão da Verdade, já<span class="titulos_artigos"></span><br />
<span class="colaborador1">Postado por: Al´Pecci</span> - <a class="colaborador1" href="http://www.teialivre.com.br/cgi-bin/sistema/search.cgi?action=search&keywordSearchFields=author&keyword=Al%C2%B4Pecci&template=searchEngine/articlesByAuthorResults.html">Ver todos os artigos</a> <span class="twitter_blog"> @<a class="twitter-anywhere-user" href="http://twitter.com/1964NuncaMais">1964NuncaMais</a></span> <span class="sumario_texto13"> <div class="shr-bookmarks"> <div> <a href="http://www.tijolaco.com/pela-comissao-da-verdade-ja/" title="Tijolaço - O Blog do Brizola Neto">Tijolaço _ O Blog do Brizola Neto</a><br />
<br />
<table align="left" border="0" cellpadding="10" cellspacing="0" class="tabela_embebed" style="width: 100px;"><tbody>
<tr><td> <img alt="brizola_neto_com_brizola.jpg" border="0" class="img_geral" height="400" src="http://www.teialivre.com.br/colaborativo/uploads/1/brizola_neto_com_brizola.jpg" width="264" /><br clear="all" /> <span class="image_caption"></span> </td></tr>
</tbody></table>Posto aqui o discurso que pronunciei, agora há pouco, no plenário da Câmara, criticando o fato de estar lá, parado há um ano, o projeto de Lula que institui a Comissão da Verdade e apelando para que a Presidenta Dilma Rousseff utilize o mecanismo constitucional do pedido de urgência, que obriga cada Casa legislativa ao praxo máximo de 45 dias para deliberar.<br />
Coloco o texto que preparei – na hora a gente muda um pouco - e, assim que o tiver, posto o vídeo para vocês. No final, para variar, o indefectível Bolsonaro veio de provocação. No vídeo vocês verão.<br />
<em>O SR. BRIZOLA NETO (PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, gostaria de lembrar que há 34 anos foi cassado nesta Casa o Deputado Alencar Furtado porque desta tribuna disse que este País estava passando a ser o País das viúvas dos talvez e dos quem sabe, referindo-se aos mortos e desaparecidos da ditadura militar.</em><br />
<em>É inadmissível que mais de duas gerações depois continuamos a ser o País dos órfãos dos netos do talvez e do quem sabe. Há um ano o Presidente Lula mandou para esta Casa o projeto que cria a Comissão da Verdade, um projeto necessário para que possamos trazer luz a nossa história e revelar o que aconteceu no nosso País.</em><br />
<em>No domingo passado — e muitos invocam inclusive a Lei da Anistia para impedir que a Comissão da Verdade avance nesta Casa, Deputado Fernando Ferro — o jornal O Globo revelou um crime bárbaro, um crime político cometido pela repressão da ditadura militar, que nem mesmo a Lei da Anistia poderá proteger, porque foi praticado 7 meses depois da promulgação dessa malfadada lei. Nesse crime quis ao caso que a bomba que estava preparada para explodir no meio de milhares de jovens que estavam numa comemoração de 1º de maio explodisse dentro do carro desses dois agentes da repressão militar.</em><br />
<em>E por que não avança, nesta Casa, o projeto da Comissão da verdade? Porque há mais de um ano, depois que o Presidente Lula enviou para cá esse projeto que trará à tona à luz da história e revelar a milhares de brasileiras o que aconteceu no País, mas ele continua guardado, entrevado nos escaninhos desta Casa.</em><br />
<em>Se esta Casa não é capaz de dar a urgência necessária que esse projeto pede, e também a sociedade brasileira, para dar luz à nossa história, venho aqui pedir à nossa Presidente Dilma Rousseff para que lhe dê a sua devida urgência, dê o tratamento de urgência constitucional a esse projeto que vai, sim, revelar a história do País, vai trazer à tona essa ferida provocada pela ditadura militar e, talvez, nos livrar de ser o País dos órfãos e dosnetos, do talvez e do quem sabe em relação aos mortos e desaparecidos políticos. Quer que a história brasileira tenha esse capricho, que seja uma mulher a parteira da verdade do nosso País.</em><br />
<em>Eram essas as minhas palavras.</em><br />
<em>Muito obrigado, Sr. Presidente.</em><br />
</div></div></span>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-40292816046693983442011-04-28T16:06:00.002-03:002011-04-28T16:06:47.393-03:00MINHA HOMENAGEM AS BOAS SOGRAS! DISSE AS BOAS!RSRS<h3><span style="color: pink;">28 de abril<br />
<br />
Sempre criticadas<br />
mal amadas,<br />
ridicularizadas,<br />
xingadas,<br />
indeseja<wbr></wbr>das...<br />
<br />
Assim fazem com elas,<br />
as sogras...<br />
Rotuladas<br />
Esquecem<br />
que essas mulheres<br />
também são humanas<br />
também têm sentimentos.<br />
<br />
<br />
Antes de serem sogras<br />
são mães<br />
e o amor de mãe prevalece.<br />
A maioria das sogras<br />
age como verdadeiras mães<br />
que ganham mais um(a) filho(a).<br />
<br />
<br />
Por isso mesmo<br />
deveriam ser mais respeitadas<br />
mais amadas<br />
e menos criticadas.<br />
São excelentes avós,<br />
e grandes amigas.<br />
Só precisam serem conquistadas<br />
e amadas.<br />
<br />
<br />
Por isso...<br />
ao invés de criticá-las,<br />
procure entendê-las.<br />
Ao invés de odiá-las,<br />
ame-as.<br />
Só assim poderás perceber<br />
a pessoa maravilhosa<br />
que tens ao teu lado.<br />
<br />
Todos os direitos sobre o texto<br />
pertencem a Sandra Mamede<br />
<br />
<br />
28 de Abril - Dia da Sogra</span></h3>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-15797656558300246062011-04-28T15:59:00.000-03:002011-04-28T15:59:16.808-03:00Vacinar corretamente cães e gatos previne doenças letais<table align="center" border="0" cellpadding="4" cellspacing="4"><tbody>
<tr><td height="30" width="90%"><span class="titulo_noticias"><br />
</span></td> <td align="right" width="10%"><span class="fonte1"><a class="fonte1" href="http://www.animaisos.org/noticia.php?id=2606#"><br />
</a></span><span class="fonte3"><a class="fonte3" href="http://www.animaisos.org/noticia.php?id=2606#"></a></span> </td> </tr>
<tr> <td colspan="2" valign="top"><div class="fonte1" id="texto"> <img class="imagens" src="http://www.animaisos.org/fotos/noticias/thumbG.php?imagem=24_vacina_bichos.jpg" /><br />
<br />
<div>Você sabe quais vacinas e quando deve aplicá-las no seu animalzinho? Pois saiba que as vacinas são essenciais para garantir uma vida saudável não só para os cães e gatos, mas também para os donos, já que os pets são, cada vez mais, membros da família.</div><div><br />
</div><div>Algumas das doenças que podem aparecer em seu filhote, caso não seja vacinado, são a giardiase (que causa diarréia, vômito, dores abdominais, perda de peso e desidratação) e a Leishmaniose (doença transmitida pela picada de mosquito infectado que provoca perda de peso, debilidade, e, em casos mais graves, anemia, insuficiência renal e hemorragia nasal). A raiva, uma das zoonoses mais conhecidas e preocupantes, é incurável e transmitida entre os cães e aos humanos. O vírus atinge o sistema nervoso e provoca perturbações nervosas de origem cerebral, depressão, paralisia e morte do animal.</div><div><br />
</div><div>Algumas doenças são mais graves e podem levar seu totó ou bichano à morte. “Como os pets são hoje membros da família, tendo um convívio intenso com as pessoas da casa, a vacinação passa a ser item de obrigatória atenção a todos os proprietários”, avalia o veterinário e diretor comercial da PetGroom, Jefferson Garotti.</div><div><br />
</div><div>Veja algumas vacinas mais comuns que devem ser dadas ao animal, sempre com orientação de um veterinário:</div><div><br />
</div><div><b>Esquema de vacinação para cães</b> - A vacina V8 ou V10, que previne contra sete tipos de doenças, entre elas a Leptospirose, que pode ser transmitida ao homem, deve ser aplicada em cães a partir dos dois meses de idade. Uma dose deve ser aplicada mensalmente até os quatro meses, em um total de três doses. Aos cinco meses, o animal deverá receber a vacina contra a raiva e contra gripe.</div><div><br />
</div><div>Após esse período, essas vacinas deverão ser repetidas anualmente, em dose única. Já a vacina contra a Leishmaniose pode ser feita em qualquer idade. Três doses devem ser aplicadas a cada 21 dias. Após as primeiras aplicações, a vacina deve ser reforçada a cada ano. A vacina contra a Giardise deve ser aplicada somente a partir de oito semanas de vida, duas vezes enquanto o animal ainda é filhote, com reforço anual.</div><div><br />
</div><div><b>Esquema de vacinação para felinos</b> – A exemplo dos cães, a vacinação dos gatos deve ter início aos dois meses de idade, com a aplicação da Quadrupla, vacina que previne doenças como Clamidiose (que provoca tosse, dificuldade respiratória, pneumonia e febre) e a Panleucopenia (causadora de febre, falta de apetite, depressão, vômitos e diarréia e desidratação). A dose da Quadrupla deve ser aplicada mensalmente até o quarto mês de vida no felino, (total de 3 doses). No quarto mês também deverá ser aplicada a vacina contra a raiva.</div><div><br />
</div><div>Fonte: <a href="http://petmag.uol.com.br/artigos/vacinar-corretamente-caes-e-gatos-previne-doencas-letais/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+petmag+%28PetMag%29">PetMag</a></div></div></td></tr>
</tbody></table>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-81170962503695429832011-04-28T15:47:00.000-03:002011-04-28T15:47:52.974-03:00Convívio com animais faz bem à saúde<table align="center" border="0" cellpadding="4" cellspacing="4"><tbody>
<tr><td height="30" width="90%"><br />
</td> <td align="right" width="10%"><br />
</td> </tr>
<tr> <td colspan="2" valign="top"><table align="center" border="0" cellpadding="4" cellspacing="4"><tbody>
<tr><td height="30" width="90%"><br />
</td> <td align="right" width="10%"><span class="fonte1"></span><span class="fonte3"><a class="fonte3" href="http://www.animaisos.org/noticia.php?id=2611#"></a></span> </td> </tr>
<tr> <td colspan="2" valign="top"><div class="fonte1" id="texto"> <img class="imagens" src="http://www.animaisos.org/fotos/noticias/thumbG.php?imagem=convivenciacomanimais1.jpg" /><br />
<br />
<div>Ter um bichinho em casa ajuda a controlar o estresse e diminuir a pressão arterial</div><div>Conviver com animais de estimação faz muito bem à saúde. Segundo um estudo publicado no American Journal of Cardiology, os bichos ajudam a controlar o estresse, a diminuir a pressão arterial e a reduzir os problemas cardiovasculares. </div><div><br />
</div><div>A explicação é simples. Os animais representam uma motivação para a vida. Eles melhoram o estado emocional do ser humano pelo simples fato de se deixarem tocar e acariciar. </div><div><br />
</div><div>No contato com o cão há a liberação de vários neurotransmissores e hormônios de bem-estar, como dopamina, endorfina, feniletilamina, prolactina, entre outros. </div><div><br />
</div><div>No cachorro o ser humano projeta seus sentimentos e por isso ele passa uma experiência multissensorial, dando confiança ao homem. Os animais também ajudam na recuperação de crianças com distúrbios psicológicos e curam doenças. </div><div><br />
</div></div></td></tr>
</tbody></table></td></tr>
</tbody></table>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-6758363405094434622011-04-28T15:42:00.000-03:002011-04-28T15:42:25.658-03:00Irã quer proibir bichos de estimação, diz revista americana<table align="center" border="0" cellpadding="4" cellspacing="4"><tbody>
<tr><td height="30" width="90%"><span class="titulo_noticias"><br />
</span></td> <td align="right" width="10%"><br />
</td> </tr>
<tr> <td colspan="2" valign="top"><div class="fonte1" id="texto"> <img class="imagens" src="http://www.animaisos.org/fotos/noticias/thumbG.php?imagem=30_ira_animais_propaganda.jpg" /><br />
<br />
<div>O governo iraniano quer proibir algo que considera um "vício anti-islâmico": manter animais de estimação em casa. A informação é da revista americana "Time".</div><div><br />
</div><div>De acordo com a publicação, policiais já tiveram o hábito de confiscar animais dos donos no meio da rua, e a mídia estatal já publicou em várias ocasiões informações sobre doenças que eles podem disseminar. No entanto, não existe ainda uma política formal de veto.</div><div><br />
</div><div>Legisladores de Teerã propuseram recentemente uma lei que criminaliza ter um animal de estimação, incluindo o ato como passível de punição diante do código penal do país. A lei afirma que, além de ameaçarem a saúde publica, os animais são também um "problema cultural, uma imitação cega da cultura ocidental".</div><div><br />
</div><div>A legislação proposta delineia, pela primeira vez, punições específicas por "manter animais perigosos e impuros".</div><div><br />
</div><div>Segundo a "Time", a lei prevê que os animais sejam confiscados e o dono seja multado em até US$ 500 [R$ 789]. No entanto, o destino final dos bichos não é definido.</div><div><br />
</div><div>O veto aos bichos de estimação seria uma tentativa do governo de coibir estilos de vida que lembrem o ocidental.</div><div><br />
</div><div>A revista recorda que, no ano passado, ao ter dificuldades para determinar o que seriam "cortes de cabelo ocidentalizados" banidos para os homens, o governo distribuiu pôsteres com imagens dos estilos vetados.</div><div><br />
</div><div>Fonte: <a href="http://www1.folha.uol.com.br/mundo/905008-ira-quer-proibir-bichos-de-estimacao-diz-revista-americana.shtml">Folha.com</a></div>http://www.animaisos.org/?n=2615<div> </div></div></td></tr>
</tbody></table>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-11452045193220059882011-04-28T15:38:00.000-03:002011-04-28T15:38:45.060-03:00Bezerro que nasceu com duas cabeças recebe cuidados, na China<table align="center" border="0" cellpadding="4" cellspacing="4"><tbody>
<tr><td height="30" width="90%"><br />
</td> <td align="right" width="10%"><span class="fonte1"><a class="fonte1" href="http://www.animaisos.org/noticia.php?id=2615#"><br />
</a></span><span class="fonte3"><a class="fonte3" href="http://www.animaisos.org/noticia.php?id=2615#"></a></span> </td> </tr>
<tr> <td colspan="2" valign="top"><div class="fonte1" id="texto"> <img class="imagens" src="http://www.animaisos.org/fotos/noticias/thumbG.php?imagem=two_headed_calf_quirky_china_news.jpg" /><br />
<br />
<div>Uma chinesa entrou em choque depois que sua vaca deu à luz um bezerro de duas cabeças. Dong Yubao, 65 anos, da aldeia de Gaoyang, Hebei, no norte da China contou que esposa, Li Chunhua, 60, estava ajudando no parto da vaca e não esperava que o filhote fosse assustá-la.</div><div><br />
</div><div>- Minha mulher e um vizinho estavam no celeiro para ajudar a vaca no trabalho de parto. O bezerro saiu e minha mulher caiu no chão quando viu as duas cabeças e quatro olhos - disse ele ao site “Orange News”.</div><div><br />
</div><div>As duas cabeças do bezerro apontam para direções quase opostas. Cada um tem seus próprios olhos, nariz e boca, mas há somente três orelhas entre eles. Jinfeg, a neta do casal, de 16 anos, está alimentando o animal, que não pode ficar sozinho, com leite de ovelha na mamadeira.</div><div><br />
</div><div>A vaca já tinha dado cria várias outras vezes - e nenhum filhote tinha nascido com problema.</div><div><br />
</div><div>- Não consigo entender porque ela produziu um bezerro tão estranho dessa vez - afirmou Dong.</div><div><br />
</div><div>Fonte: <a href="http://extra.globo.com/noticias/bizarro/bezerro-de-duas-cabecas-nasce-na-china-da-susto-em-dona-1671850.html">Extra</a></div></div></td></tr>
</tbody></table>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2410310135348573783.post-73990701318798681772011-04-28T15:27:00.002-03:002011-04-28T15:27:57.410-03:00Assembleia mantém pensão de R$ 24.000,00 para mãe de Beto Richa<a href="http://www.visaopanoramica.com/imagens/dinheiro-publico.gif"><img alt="" class="alignnone" height="356" src="http://www.visaopanoramica.com/imagens/dinheiro-publico.gif" width="478" /></a><br />
Hoje a Gazeta do Povo noticiou que a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, presidida por Nelson Justus, considerou inconstitucional o fim da pensão da mãe do Governador Beto Richa e das demais primeira-damas de ex-Governadores, proposta pelo Deputado Professor Lemos (PT), que recorrerá da decisão administrativamente e na Justiça.<br />
O Deputado Tadeu Veneri (PT), um dos únicos a votar pelo fim da pensão (o outro foi Caíto Quintana do PMDB), disse que “simplesmente não há interesse em derrubar a pensão. Até porque é uma situação bastante delicada, que envolve inclusive a pensão da mãe do governador Carlos Alberto Richa (PSDB)”.<br />
Fontes do Blog do Tarso informaram que se os Deputados Estaduais da CCJ votassem pelo fim da pensão de Dona Arlete Richa, perderiam suas indicações em cargos comissionados no Governo Beto Richa.<br />
Sobre o tema ver:<br />
<a href="http://blogdotarso.com/2011/04/08/conceituado-advogado-de-curitiba-de-prestigio-nacional-informa-beto-richa-e-obrigado-a-no-minimo-abaixar-a-pensao-de-dona-arlete-richa-de-r-24-mil-para-r-6-50000/" rel="bookmark" title="Conceituado advogado de Curitiba de prestígio nacional informa: Beto Richa é obrigado a, no mínimo, abaixar a pensão de Dona Arlete Richa de R$ 24 mil para R$ 6.500,00">Conceituado advogado de Curitiba de prestígio nacional informa: Beto Richa é obrigado a, no mínimo, abaixar a pensão de Dona Arlete Richa de R$ 24 mil para R$ 6.500,00</a><br />
<a href="http://blogdotarso.com/2011/04/06/professor-diz-que-aposentadoria-de-governadores-do-regime-ditatorial-devem-ser-extirpadas-com-a-palavra-beto-richa-que-nao-extirpou-a-aposentadoria-de-dona-arlete-richa/" rel="bookmark" title="Professor diz que aposentadoria de Governadores do regime ditatorial devem ser “extirpadas”. Com a palavra Beto Richa, que não extirpou a aposentadoria de Dona Arlete Richa">Professor diz que aposentadoria de Governadores do regime ditatorial devem ser “extirpadas”. Com a palavra Beto Richa, que não extirpou a aposentadoria de Dona Arlete Richa</a><br />
<a href="http://blogdotarso.com/2011/04/05/deputado-mauro-moraes-do-psdb-diz-que-pensao-da-dona-arlete-richa-mae-do-governador-beto-richa-e-uma-vergonha-e-uma-imoralidade/" rel="bookmark" title="Deputado Mauro Moraes do PSDB diz que pensão da Dona Arlete Richa, mãe do Governador Beto Richa, é “uma vergonha e uma imoralidade”">Deputado Mauro Moraes do PSDB diz que pensão da Dona Arlete Richa, mãe do Governador Beto Richa, é “uma vergonha e uma imoralidade”</a>Celly Vieirahttp://www.blogger.com/profile/18116124111905895835noreply@blogger.com3