Extraído de: Portal Vermelho
O exemplo brasileiro da adoção de programas de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família, deverá ser tomado como referência pelo Banco Mundial (Bird) que organiza um plano internacional para a próxima década. O foco do banco é a renovação das estratégias de atuação nas áreas de proteção social e trabalho. O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, representará o Brasil nos debates.
Sousa apresentará o modelo brasileiro à direção do banco na próxima quarta-feira (27) e sexta-feira, em reuniões em Paris. Além do Brasil, foram convidadas autoridades da Costa Rica, Libéria, China, do Bahrein, dos Estados Unidos e da Rússia.
O secretário disse que quatro pilares sustentam a política social do governo brasileiro: o tratamento geopolítico e não comercial do tema, o envolvimento de setores distintos dos governos federal, estadual e municipal, um cadastro eficiente com os nomes dos beneficiados e seus históricos, a integração entre os programas e a associação desses elementos com o Estado forte e sólido.
O Brasil não se pauta por interesses geopolíticos ou comerciais para implantar os programas, o exemplo disso é o apoio dado à África. Não há um vínculo comercial para a transferência da nossa tecnologia, afirmou Paes de Sousa. Ao fazer isso, o Brasil mostra que o problema das cooperações [muitas vezes] é a relação de venda de bens e serviços. Estimulamos os financiamentos e há lugar para as instituições multilaterais.
Pelos dados do MDS, de 2003 a 2008 aproximadamente 24,1 milhões de brasileiros deixaram a linha de pobreza. Os programas de transferência de renda condicionada, como o Bolsa Família, atendem a cerca de 12,9 milhões de famílias no Brasil. De 2003 a 2010, mais de 13 milhões de empregos formais foram criados.
O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, disse à Agência Brasil que a experiência mostra que a base da eficiência é a credibilidade nos programas. Segundo ele, o Estado forte também é fundamental para garantir o sucesso de um projeto.
O que diferencia o sucesso do fracasso é a capacidade de gerir do Estado. Sem um Estado forte fica muito difícil administrar um projeto, disse Paes de Sousa. A implementação de um programa não sobrevive à baixa credibilidade. É preciso garantir a legitimidade (dada pela população e pelo Estado), afirmou. Sem credibilidade e legitimidade o programa não atinge seus objetivos.
Para o Banco Mundial, as estratégias devem ter o objetivo da proteção social, com o enfoque do desenvolvimento de medidas de geração de oportunidades de emprego e trabalho como prevenção à pobreza e a promoção de qualidade de vida. Segundo o Bird, apenas as ideias inovadoras são capazes de resolver os atuais desafios do mundo.
De acordo com o comando do banco, as propostas apresentadas nos dois dias de discussões que começam nesta quarta-feira (27) devem se basear na informalidade, no financiamento e no estímulo de parcerias. O Banco Mundial pode trabalhar mais efetivamente na próxima década, informou a instituição em nota sobre a proposta das reuniões em Paris.
Vão participar das discussões, com suas experiências, representantes do Brasil, da Costa Rica, Libéria, China, do Bahrein, dos Estados Unidos e da Rússia.
O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, disse à Agência Brasil que a experiência mostra que a base da eficiência é a credibilidade nos programas. Segundo ele, o Estado forte também é fundamental para garantir o sucesso de um projeto..
Vão participar das discussões, com suas experiências, representantes do Brasil, da Costa Rica, Libéria, China, do Bahrein, dos Estados Unidos e da Rússia.
Fonte: Agência Brasil
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