segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou
recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima.
Trata-se de um Brasil que a gente não conhece
'As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um
pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um
relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até
pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra falar a
verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem
razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e
por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra. Aqui não existem
muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, e aqui
quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais
e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro. *
*Se não for funcionário público a pessoa trabalha no comércio local ou
recebe ajuda de Programas do governo. Não existe indústria de qualquer tipo.
Pouco mais de 70% do Território roraimense é demarcado como reserva
indígena, portanto restam apenas 30%, descontando-se os rios e as terras
improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização
das próprias cidades. *
*Na única rodovia que existe em direção ao Brasil que liga Boa Vista a
Manaus, (cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva
indígena Waimiri Atroari por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00
da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com
autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam
incomodados. **
Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos,
europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90%
dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
Detalhe II: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma
autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A
maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a
maioria não sabe falar português. *
*Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas
bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano
tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e
joaninha e catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser
montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí
camu-camu etc, medicinais, ou componentes naturais para fabricação de
remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e
americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia. **
Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: 'É; os
americanos vão acabar tomando a Amazônia' - e em todas elas ouvi a mesma
resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora
simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão, não, minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles
comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando
acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque
quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui
vai ser a mesma coisa'.
A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é
um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena.
O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos
indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande
base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa
parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivos de combater o
narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois
essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada
para as Guianas e Venezuela. *
*Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for
americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente
diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano,
pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de
200 dólares. *
*Pergunto inocentemente às pessoas; 'Porque os americanos querem tanto
proteger os índios?' A resposta é absolutamente a mesma; porque as terras
indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água são
extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em
quilos), diamante, pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima
e Amazonas, ricas em PETRÓLEO. **
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de Socorro a
alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma
utoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É pessoal, saio daqui com a
quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho. Um grande
abraço a todos. Será que podemos fazer alguma coisa? Acho que sim.'
**Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo
desses absurdos.**
Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.
Patog. FMRP - USP **
**
**'Opinião pessoal: Gostaria que você, especialmente que recebeu este
e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de
vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação
através dos telejornais antes que isso venha a acontecer. **
Afinal foi um momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus
lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza
norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a
fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação, no envio
deste e-mail.'
Celso Luiz Borges de Oliveira
Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP
Tel: (19) 3233-1840 *
Celular: (19) 9136-6472
e-mail´s:
Celso@ufba.br ;
celso@agr.unicamp.br ;
celsoborges@gmail.com

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