terça-feira, 22 de março de 2011

Mídia norte-americana classifica como inoportuna visita de Obama à América Latina

* Postado por Cássia Ferreira Andrade em 22 março 2011 às 14:30

A visita do presidente Barack Obama ao Brasil e América Latina teve pouca repercussão na mídia norte-americana, e foi classificada como inadequada, na última sexta-feira (19), devido ao envolvimento dos EUA nos conflitos na Líbia a pela crise pós- terremoto no Japão. Um dos argumentos usados foi a abstenção do Brasil na votação, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre a resolução que permitiria intervenção estrangeira na Líbia - posição contrária à dos norte-americanos.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a cobertura da viagem do presidente Obama não teve a mesma repercussão de quando ele esteve na Índia ou na China. A imprensa norte-americana só esteve interessada nas declarações do presidente a respeitos dos ataques à Líbia e questionou se a vigem ocorria em um momento oportuno.
Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de Obama é vista como um ajuste nas relações com a América Latina. Especificamente para o Brasil, havia o interesse em obter apoio dos EUA para garantir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e também discutir a diminuição de impostos sobre o etanol, avalia a notícia da Agência Brasil.
O jornal Washington Post avaliou a viagem como controversa, mas destacou que o presidente tinha condições de "administrar" a crise na Líbia mesmo estando fora dos Estados Unidos.
A rede de televisão CNN classificou a viagem de Obama ao Brasil desajeitada, por ocorrer dias depois da abstenção brasileira nas Nações Unidas e de o governo Obama ter anunciado na Casa Branca que estava formando uma coalizão forte para enfrentar a Líbia.
No New York Times, o apoio de Obama ao pedido do Brasil de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi "modesto".

A mídia dos Estados Unidos manifestou também descontentamento com a presidente Dilma Rousseff por ter se recusado a responder perguntas da imprensa, assim como com Obama

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