15/3/2011 13:35, Por redação, com Reuters - Brasília
A economia brasileira criou postos de trabalho com carteira assinada
O emprego formal teve desempenho recorde para o mês de fevereiro, influenciado pelo calendário do Carnaval, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, previu que março terá também um resultado muito forte.
Os dados evidenciam a força da economia doméstica em um momento em que o Banco Central tem elevado os juros e sinalizado a adoção de medidas macroprudenciais para reduzir o descasamento entre oferta e demanda.
A economia brasileira criou 280.799 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, informou o Ministério do Trabalho. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O dado do mês passado representou uma alta de 37,7% frente a fevereiro do ano passado, recorde anterior, quando foram criados 209.425 empregos.
Segundo Lupi, contribuiu para a alta o fato de o carnaval ter ocorrido em março. Além de fevereiro ter tido mais dias úteis que no ano anterior, houve uma antecipação das contratações relacionadas às festas, principalmente no setor de serviços.
Lupi afirmou que o resultado de março irá surpreender positivamente.
– Março vai continuar muito forte (para o emprego formal), afirmou o ministro a jornalistas, acrescentando que acredita que o dado será recorde para o mês.
Em fevereiro, as contratações com carteira assinada somaram 1.797.217 e os desligamentos, 1.516.418. O setor de serviços foi o que mais contribuiu para expansão do emprego, com 134.342 contratações líquidas, saldo recorde e alta de 0,93% frente a fevereiro de 2010.
Na indústria de transformação, foram criados 60.098 postos de trabalho e, na construção civil, 30.701.
Lupi afirmou que sua projeção de criação de 3 milhões de empregos formais este ano está mantida mesmo após o governo federal ter anunciado a suspensão de contratações de funcionários públicos este ano.
Em março do ano passado, as contratações totais somaram 321 mil, segundo número ajustado que inclui os dados informados com atraso pelas empresas e que só são incluídos nas estatísticas com defasagem de dois meses.
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