segunda-feira, 28 de março de 2011

A Britsh Petroleum financiou as revoltas no leste da Líbia

Não é segredo para ninguém que atualmente as grandes empresas de petróleo, pelo seu poder econômico, tem mais força que muitas nações, somadas. As grandes empresas petrolíferas transnacionais derrubam governos e causam desastres programados na Bolsa de Valores, impunemente.
No ano passado, com o episódio de vazamento de petróleo no Golfo do México, a Britsh Petroleum viu suas ações desvalorizarem perigosamente nas Bolsas de Valores de todo o mundo. Para enfrentar os custos com o vazamento em águas territoriais dos Estados Unidos, a empresa reservou mais de 40 bilhões de dólares. E corre na Justiça dos EUA diversas ações por indenizações que ultrapassam outros bilhões. Frente a esse desastre ambiental e econômico, só restou à companhia petrolífera vender investimentos que tinha na Argentina, América do Norte, Venezuela, Vietnã, Colômbia e no Egito.
No ano passado a BP enfrentou ameaças de rescisão de contratos na Líbia em prospecções no deserto e no mar. Essas ameaças afetavam todas as empresas estrangeiras porque o líder Muamar Kadafi consultou os Congressos Populares líbios sobre a necessidade de acabar com a exploração de petróleo líbio por empresas multinacionais estrangeiras que não firmassem parcerias com o país na transferência de tecnologia, a exemplo de empresas do Brasil, Rússia e China. As multinacionais da Europa e EUA se uniram para enfrentar essa nova prova de soberania do povo árabe líbio, e passaram a financiar a elite econômica do leste do país, partícipes das negociações com as empresas que se consideraram prejudicadas com a nova política energética da Jamahiriya Líbia.
Em janeiro deste ano as empresas petrolíferas da Europa e EUA, lideradas pela Britsh Petroleum, passaram a armar e financiar grupos de mercenários nas cidades do leste da Líbia, na maioria refugiados egípcios. O número de 1,5 milhão de egípcios na Líbia permitia a arregimentação de elementos perigosos, na maioria fugitivos da justiça egípcia por ações criminosas naquele país - seguidores da Al Qaeda.
Os levantes no leste da Líbia – ao contrário do que a imprensa publica – não foram populares, mas fruto de uma ação orquestrada com antecedência. Os desdobramentos das mudanças na política energética da Líbia podem ser acessadas nos sites: www.energy-pedia.com/article.aspx?articleid=133583 : Gaddafi estudia la nacionalización de las compañias petrolíferas extranjeras.
www.energy-pedia.com/article.aspx?articleid=133919 Gaddafi instó a los libios a que apoyen su plan para recuperar los ingresos del petróleo.
www.energy-pedia.com/article.aspx?articleid=134161 El Congreso retrasa el plan de reparto de petróleo de Gaddafi.
Esses documentos provam que a chamada revolta no leste da Líbia não passa de mais um golpe de Estado – entre centenas de outros – orquestrado e financiado pelas grandes empresas petroleiras internacionais, com o apoio estratégico dos governos da Inglaterra, França e Estados Unidos, que sempre se unem para roubar as riquezas naturais dos povos livres. A grande novidade deste caso é o envolvimento direto da imprensa ocidental para tentar legalizar essa tentativa de Golpe de Estado, uma vez que da ONU não era de se esperar outra coisa, pelo seu passado vergonhoso subserviente às decisões das grandes potências.
Aos governos dos EUA, França e Inglaterra, e às empresas transnacionais do petróleo, não interessa um Estado soberano como a Jamahiriya Líbia, mas a criação de monarquias corruptas que se submetam aos seus interesses criminosos e desonestos.

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Artigo publicado no site www.terceirateoria.blogspot.com

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