quarta-feira, 16 de março de 2011

Dilma tende a reavaliar programa nuclear após tragédia no Japão

15/3/2011 14:23, Por Redação - de Brasília

Gilberto Carvalho, secretário da Presidência, teve reunião com Dilma

A presidente Dilma Rousseff está preocupada com os efeitos da crise nuclear japonesa na política brasileira para o setor, informou nesta terça-feira o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

– A presidente está extremamente preocupada com os efeitos, inclusive aqui, sobre a nossa política, toda essa questão da energia atômica, a energia nuclear – disse Carvalho a jornalistas, após participar, com Dilma, do lançamento do Fórum Direitos e Cidadania, no Palácio do Planalto.

O terremoto seguido de um tsunami que atingiu o Japão na semana passada tem causado vazamento de radioatividade na usina nuclear de Fukushima. O Brasil possui duas usinas nucleares em atividade, em Angra dos Reis (RJ). Uma terceira central está em construção na mesma localidade e o governo tem planos de ampliar o parque atômico. A expectativa é de que nos próximos anos pelo menos duas novas nucleares sejam construídas no Nordeste.

Na segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o risco nuclear no Japão não levaria o Brasil a rever seus planos no setor. Carvalho ressaltou que é preciso acompanhar a extensão do problema no Japão antes de se definir as conseqüências.

– Ainda estamos observando. Não se sabe a extensão da questão japonesa. Só depois de ter uma análise mais profunda é que se pode pensar nas influências que o evento japonês terá na nossa política nuclear – disse Carvalho.

A tragédia japonesa levou a Alemanha, a Suíça e outros países da União Europeia a reavaliarem projetos de usinas nucleares.

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