SÃO PAULO - Um rapaz homossexual, militante político e ativista do movimento Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros (GLBT) foi agredido na madrugada desta quarta-feira, 23, na Rua Augusta, região central de São Paulo. Ao tentar registrar o problema junto à polícia, ele também teve problemas.
Por volta das duas da madrugada, Guilherme Rodrigues conversava com um amigo quando percebeu que do outro lado da rua um casal homossexual estava sendo provocado por quatro rapazes. Ele os descreveu como 'skinheads'. Preocupado com o rumo que a provocação iria tomar, foi para um posto de gasolina próximo ao local, e de lá viu o casal ser agredido. Percebendo que Guilherme os observava, o grupo foi até ele e também o agrediu com socos e cabeçadas. 'Se eu não estivesse no posto, a história seria outra', disse Guilherme, referindo-se à ajuda que os funcionários lhe deram na hora de apartar a briga.
Logo depois, uma viatura de polícia parou perto do local onde estavam. Guilherme relatou o ocorrido à policial, mas seu argumento de que teria sido vítima de homofobia foi refutado, apesar de os agressores o terem insultado na frente do veículo. Segundo ele, a policial também tentou dissuadi-lo a registrar um boletim de ocorrência, uma vez que depois de liberados seria cada um por si.
Guilherme insistiu e acabou indo à delegacia, onde o delegado apurou a denúncia. A versão dos agressores era de que a vítima teria flertado com eles de forma vulgar. Um funcionário do posto testemunhou em favor de Guilherme e o delegado decidiu abrir inquérito indiciando os responsáveis por injúria, agressão e ameaça. O caso foi transferido nesta sexta-feira, 25, para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
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