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Em Salvador
No primeiro dia de uma megaoperação fiscal na Bahia e em Sergipe, nove policiais militares, 13 empresários, um agente de tributos Estaduais e um contador foram presos nesta quarta-feira (14), de acordo com o Ministério Público da Bahia.
Pela manhã, agentes da Secretaria da Segurança Pública e fiscais da Secretaria da Fazenda, além de integrantes do Ministério Público, iniciaram a execução da Operação Caracará, dando cumprimento a mandados de prisão e de busca e apreensão nos municípios baianos de Salvador, Feira de Santana, Alagoinhas, Irará, Itabuna, Vitória da Conquista e Riachão do Jacuípe, além de Itabaiana, em Sergipe.
Os presos, de acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal, promotor Ivan Carlos Machado, integram uma organização criminosa que desviaria a arrecadação de tributos em postos fiscais da Secretaria da Fazenda.
Além das 24 pessoas detidas, os policiais apreenderam documentos e 146 veículos envolvidos no esquema, de acordo com o secretário da Segurança Pública da Bahia, César Nunes. O secretário da Fazenda da Bahia, Carlos Martins, disse que, nos últimos cinco anos, a quadrilha aplicou um golpe de R$ 1,6 bilhão nos cofres estaduais.
Durante a investigação, os agentes descobriram que a fraude era feita por empresas atacadistas baianas que contratavam caminhoneiros, transportadores e policiais militares para facilitarem a passagem de mercadorias nos postos fiscais.
“O líder da organização articulava com os empresários, que pagavam pelas ‘passadas’ dos veículos, os caminhoneiros viabilizavam a passagem de mercadorias pelos postos sem apresentar documentos fiscais e sem pagar o ICMS e policiais não fiscalizavam os caminhões carregados”, disse Ivan Machado.
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