O Flamengo tomou uma decisão drástica em relação a Bruno. A presidente do clube, Patrícia Amorim, depois que o caso do goleiro veio à tona, convocou um conselho de juristas ligados ao Rubro-Negro para decidir o destino do ex-camisa 1. A dirigente foi recomendada a demiti-lo por justa causa e ainda processá-lo por perdas e danos.
A decisão partiu após criteriosa análise da situação. Se demitisse Bruno pura e simplesmente, o clube pagaria 6 milhões de euros de multa rescisória. Com os prejuízos causados à imagem do Flamengo, por causa da prisão de Bruno, suspeito de sumir com a ex-amante Eliza Samudio, com que teria um filho, o clube pediria valor igual ao da multa.
“Há jogadores que não têm contrato de imagem, só de trabalho, como é o caso de Bruno, cujo contrato é regido pela CLT. Para rescindir o contrato dele sem justa causa, o Flamengo teria de pagar 6 milhões de euros. Aí eu não poderia ser irresponsável, agir com só com a paixão e dizer “manda embora”, sob o risco de prejudicar o clube”, disse a presidente, acrescentando.
“Exatamente por eu não ter competência na área criminal, reuni um conselho de notáveis para discutir e chegar a uma conclusão. E eles acabam de me recomendar à rescisão do contrato por justa causa. Se exigirmos dele também compensação financeira por perdas e danos, o valor que pediremos será igual ao da rescisão”, emendou Patrícia Amorim, em entrevista à revista Época.
A presidente, aparentemente indignada com o problema, disse que o goleiro não é o tipo que se espera encontrar no clube. Para Patrícia Amorim, a indisciplina será intolerável por ela e por outros dirigentes. Na última terça-feira, o executivo do futebol do Flamengo, Zico, dissera o mesmo em relação aos problemas.
“Ele (Bruno) não é o modelo que queremos na Gávea. Eu abomino essa permissividade. Alguns se julgam inatingíveis”, disse a presidente do Flamengo.
Patrícia Amorim salientou também que Bruno, no dia seguinte à sua posse como presidente do clube, tentou liderar uma rebelião porque o Flamengo não teria pago parte da premiação pela conquista do Campeonato Brasileiro. Um correligionário lhe telefonou para avisar da atitude do goleiro: “Bruno está dizendo que o time não vai entrar no ônibus enquanto não receber o resto do prêmio”.
Os juristas que recomendaram a demissão de Bruno por justa causa são o advogado Mário Pucheu, o juiz federal Theophilo Miguel, os desembargadores Marcus Faver, Siro Darlan, Walter D’Agostino, Marcelo Antero e José da Fonseca Martins.
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