domingo, 18 de julho de 2010

EUA Obama chama republicanos de 'partido dos ricos'

Por Alister Bull

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aumentou neste sábado o tom de críticas aos republicanos por bloquearem o seguro-desemprego, incrementando, em ano de eleição, os ataques à oposição e dizendo que os republicanos formam o partido dos ricos.

"Muito frequentemente a liderança republicana no Senado dos Estados Unidos escolhe bloquear nossa recuperação e obstruir nosso progresso. E isso tem consequências bem reais," disse Obama em seu discurso semanal no rádio e na internet.

Senadores republicanos bloquearam pelo menos três iniciativas dos democratas de estender o seguro-desemprego, citando a necessidade de cortar gastos governamentais em meio a um déficit orçamentário recorde.

"Pense sobre o que essas táticas de bloqueio significam para os milhões de norte-americanos que perderam seus empregos desde o início da recessão. Nas últimas semanas, mais de dois milhões deles viram o seguro-desemprego deles expirar," afirmou o presidente.

Obama fez da criação de empregos sua maior prioridade interna e viajou repetidamente para locais estratégicos nos EUA para desenhar políticas que aumentem as contratações, incluindo Holland, no estado de Michigan, na quinta-feira, para a inauguração de uma fábrica de baterias elétricas para carros que recebeu dinheiro público.

O crescimento econômico dos EUA foi retomado após a pior recessão em décadas, graças em parte a um pacote de estímulo de 862 bilhões de dólares assinado por Obama no ano passado.

Mas a retomada tem demorado para criar novos empregos, e, por isso, os democratas podem ser punidos pelos eleitores na votação parlamentar de 2 de novembro, a não ser que Obama consiga frear o desemprego, que atualmente chega a 9,5 por cento da população.

O tempo está acabando. Uma recente pesquisa de opinião pública mostrou que confiança na administração de Obama sobre a economia caiu, e os democratas podem perder o controle da Câmara dos Deputados em novembro. Todos os 435 assentos estarão em disputa, assim como 36 das 100 vagas no Senado.

Edição: Redação Vooz São Paulo | Fonte: Reuters
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