Nas trevas da noite sombria
No gelo do orvalho a cair
Há sempre uma estrela sozinha
A espera do dia surgir
Quantas noites tristes sem fim
Vão passando sem ninguém perceber
Quem é alegre não pode sentir
Que o outro está a sofrer
Dias e noites são iguais
Aos homens que habitam a terra
Como são iguais a água com o fogo
Ou o ódio e o amor, a paz e a guerra
O dia é alegre e feliz
A noite escura e triste
E um nem sequer se lembra
Que o outro também existe
Pedem amor e não guerra
Pedem paz a humanidade]
Como pode existir na terra
Se está coberta de maldade
Frio, trevas, solidão
Perambulando sempre em agonia
Mas uma vida na solidão
Será sempre uma vida vazia
(Vicente)
3 comentários:
A percepção sobre a noite depende de seu estado de espírito.
E este Sol impõe a claridade
Pôs no celeste a Lua a bocejar
Perdi a conta das estrelas no céu
Ergui-me em bicos para as contar
Voa comigo sobre as emoções
Boa semana
Mágico beijo
Puxa... que poema magnífico! Encontrei meus desígnios nele. Dia e noite iguais... adorei essa parte. Acho que pra muitos, de tão insensíveis, já perderam até a capacidade de discernir o dia da noite...
Odeio olhar para o mundo e ver essa decadência... cada vez mais espetacular. Amei a poesia!
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