quarta-feira, 2 de julho de 2008

SANHA Não há valia para apreço vale nadaNão há vergonha para cara lavadaToda lisura que se espreme para viverE que viverCadê a honra para quem não tem mais nadaNão há guarida para alma penadaToda usura que sublima o quererE que poderMandar não seja nobre ter rigor assimPisar, varrer da frente algoz e querubimQuem doma a sanha não sabe dormirE mais se ganha para coibirUsar do relho para mais pesarSuor vermelho vibra no cantarNão há mais lance para ser carta marcadaA dura sorte já está lançadaToda estatura que se arrasta pelo chãoTal qual anãoHá riso oculto para ser face veladaA traição devora a madrugadaToda espessura que comove o histriãoNo coraçãoPrivar da sede o pote de quem quer sorrirTraçar a sina o rito de quem vai partirQuem doma a sanha não sabe dormirE mais se ganha para coibirUsar do relho para mais pesarSuor vermelho vibra no cantar©Luiz Alberto Machado

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