domingo, 13 de julho de 2008

Vida vazia

Nas trevas da noite sombria
No gelo do orvalho a cair
Há sempre uma estrela sozinha
A espera do dia surgir
Quantas noites tristes sem fim
Vão passando sem ninguém perceber
Quem é alegre não pode sentir
Que o outro está a sofrer
Dias e noites são iguais
Aos homens que habitam a terra
Como são iguais a água com o fogo
Ou o ódio e o amor, a paz e a guerra
O dia é alegre e feliz
A noite escura e triste
E um nem sequer se lembra
Que o outro também existe
Pedem amor e não guerra
Pedem paz a humanidade]
Como pode existir na terra
Se está coberta de maldade
Frio, trevas, solidão
Perambulando sempre em agonia
Mas uma vida na solidão
Será sempre uma vida vazia

(Vicente)

3 comentários:

Vanessa Lee disse...

A percepção sobre a noite depende de seu estado de espírito.

O Profeta disse...

E este Sol impõe a claridade
Pôs no celeste a Lua a bocejar
Perdi a conta das estrelas no céu
Ergui-me em bicos para as contar


Voa comigo sobre as emoções

Boa semana


Mágico beijo

º.::calebitto::.º disse...

Puxa... que poema magnífico! Encontrei meus desígnios nele. Dia e noite iguais... adorei essa parte. Acho que pra muitos, de tão insensíveis, já perderam até a capacidade de discernir o dia da noite...

Odeio olhar para o mundo e ver essa decadência... cada vez mais espetacular. Amei a poesia!