sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

UM GRANDE AMOR NUM PEQUENO CORAÇÃO IV*
(Quando o Espírito Fala ao Espírito) Há muitos corações feridos nesse mundo.
Não por amor, como muitos asseveram.
Mas pelas ilusões acalentadas.
Pela arrogância; pelo medo do que é verdadeiro.
Ninguém é vítima de coisa alguma.
Cada escolha apresenta suas inevitáveis conseqüências.
E muitos escolhem caminhos que passam longe da Luz.
Engolfam-se em energias estranhas e atitudes infelizes.
Perdem o rumo, sem sequer perceberem isso.
O amor não tem nada a ver com isso.
O que pega é o orgulho, que sempre se acha o tal.
E é ele que se acha ganhador ou perdedor de alguma coisa.
Na maioria das vezes, perde o bom senso e ganha a mágoa.
E se arrasta em si mesmo, lamuriento e pesado.
O amor não usa máscaras e nem machuca o coração.
O que faz isso são as ilusões e as escolhas equivocadas.
O amor não foge de si mesmo e nem renega nada.
Quem faz isso é o medo!
O amor não rouba a luz do coração.
Quem faz isso são as emoções mal-resolvidas.
O amor não anestesia a consciência.
Pelo contrário, desperta o Ser para a luz e a vida.
O amor não agride e nem se deixa levar pelo mal.
Pelo contrário, é do Bem e faz querer viver.
O amor não se vende, nunca!
Ah, o amor é o amor... Não se explica, só se sente. P.S.: Como diz o ditado, “o mal que me fazem não me faz mal.
Faz-me mal o mal que eu faço!”
Então, fico com o amor.
Fico com a vida.
Fico com a luz.
E que o Grande Arquiteto Do Universo abençoe a quem ler essas linhas. (Dedicado a Krishna). Paz e Luz. - Wagner Borges – apaixonado pela vida, sempre. Jundiaí, 19 de novembro de 2008. - Nota:
* As três partes anteriores desse texto estão postadas no site do IPPB –www.ippb.org. br -, nos seguintes endereços específicos:
Parte I: http://www.ippb. org.br/modules. php?op=modload&name=News&file=article&sid=5794.
Parte II: http://www.ippb. org.br/modules. php?op=modload&name=News&file=article&sid=5939.
Parte III: http://www.ippb. org.br/modules. php?op=modload&name=News&file=article&sid=5969.

DANÇANDO COM A VIDA
(Como Shiva Nataraja*) Dance, como um floco de luz na noite.
Não nas baladas escuras dos homens,
Mas nas pistas luminosas do Eterno. Dance, como Shiva, no universo.
Celebre a vida! Cada dia é chance de recomeço.
Cada dia apresenta sua lição. Então, aprenda! Você sabe: quando o amor floresce, tudo muda.
O coração se ilumina e transforma o viver.
E nada mais será como antes... Dance, como Shiva, para descerrar o véu das ilusões.
Para ter a coragem de agüentar um grande amor
Transformando o coração num sol. Para ser você mesmo, além do que pensa e sente...
Para ver a Luz do Eterno em cada coisa transitória.
E, assim, não ser enganado pelas aparências ou circunstâncias. Sim, dance como Shiva, para dissolver as emoções estranhas.
Para limpar as brumas da ignorância.
Para encontrar o amor real, que é a essência de tudo. Ou, melhor dizendo, para reencontrá-lo.
Você sabe: isso é um presente!
Transforme os ruídos de seus dramas em lindas canções. Celebre. Você pode. Em seu coração...
Se dançar nas pistas luminosas do Eterno.
Como um floco de luz na noite... P.S.: Vale a pena viver! Para aprender as lições.
E, depois, quando Shiva apitar o fim do jogo,
Voar livre, como floco espiritual, para dançar em outras esferas.
Sim, dançar com Shiva, nas estrelas...
Om Namah Shivaya!** Paz e Luz. - Esses escritos são dedicados aos estudantes e trabalhadores dignos de todas as linhas espirituais, que, mesmo diante de dificuldades variadas (internas e externas), jamais renegam a espiritualidade e nem fogem da raia. Esse pessoal forte, igual à vida, que enfrenta o materialismo exacerbado com seu coração cheio de luz e de amor pelo Supremo.
Que Shiva os fortaleça na jornada, cada vez mais, em espírito e verdade. - Wagner Borges (mestre de nada e discípulo de coisa alguma). São Paulo, 12 de setembro de 2008. - Notas:
* Shiva - na Cosmogonia hinduísta, o Divino é representado por três aspectos fenomênicos: Brahma - O Criador, Vishnu - O Preservador, e Shiva - O Transformador.
Shiva é o senhor de todas as transmutações na natureza, é o senhor das energias e de todo movimento vital. Em muitas representações simbólicas, Ele é representado como o "Nataraja", O Dançarino Divino que faz o universo vibrar e girar em sua eterna dança cósmica. Por isso algumas imagens O mostram dançando dentro de uma roda (o universo).
** Om Namah Shivaya - mantra evocativo das vibrações espirituais de Shiva.
Obs.: Enquanto passava essas linhas a limpo, lembrei-me de dois trechos da sabedoria de Osho, que li ontem, em um ótimo livro contendo uma seleção de seus ensinamentos, recentemente lançado pela Editora Verus: “O amor é a força mais benéfica do mundo. Nada vai mais fundo que o amor: ele cura não só o corpo, não só a mente, mas também a alma. Se o indivíduo é capaz de amar, todas as feridas desaparecem. Ele se torna inteiro – e ser inteiro é ser santo.
Se você não é inteiro, não é santo. A saúde física é um fenômeno superficial; ela pode ser garantida pela medicina, pela ciência. Mas a essência mais íntima de seu ser só pode ser curada por meio do amor. Aqueles que conhecem o segredo do amor conhecem o maior segredo da vida. Para eles não há amargura, velhice ou morte. Claro que o corpo um dia ficará velho e morrerá, mas o amor revela a verdade: a pessoa não é o corpo, é pura consciência. Você não nasce nem morre. E viver nessa consciência pura é viver em sintonia com a existência. A bem-aventuranç a é um subproduto da vida em sintonia com a existência.” “Quando desperta, você começa a viver a vida de um modo totalmente diferente. Embora sua vida continue a mesma, você não é mais o mesmo. Sua abordagem é diferente, até seu estilo é diferente. Você vive mais consciente, não vai tateando no escuro. Vive com o coração e não com a cabeça. Sua vida se torna amor, compaixão, se torna uma canção, uma dança, uma celebração. É claro que quem tiver contato com você será infectado – isso é contagioso. É como fogo no mato: vai se espalhando.” (Textos extraídos do livro “Meditações Para a Noite” – de Osho – Editora Verus.) - Nota: Osho (Bhagwan Srhee Rajneesh; 1931-1990) foi um famoso guru indiano, que, entre as décadas de 1960-1980, viajou pela Índia e por diversos países levando os seus ensinamentos conscienciais, polêmicos e profundos, libertários e inteligentes, e, por isso, compreendido por muitos e incompreendido por outros.
Particularmente, gosto muito dos seus ensinamentos e extraio muita coisa boa deles. Tenho muitos dos seus livros (o meu livro preferido dele é o “Sementes de Mostarda”, onde ele interpreta magistralmente o sermão da montanha de Jesus), e penso que suas idéias estavam muito à frente de seu tempo, e, por isso, foram tão mal compreendidas pelas pessoas. Isso não significa que tudo em seu trabalho foi ótimo, pois muitos exageros foram cometidos, principalmente por grupos de discípulos que se enrolaram bastante ao confundirem suas idéias e fazerem dele o que ele menos queria: torná-lo um guru (e apegar-se à sua figura de iluminado e isento de falhas humanas, como qualquer outro ser humano).
Finalizando, deixo um trecho dele que evidencia bem isso que estou comentando aqui:
“Nunca seja inspirado por ninguém.
Permaneça aberto.
Quando você vir um lindo pôr do sol,
Desfrute essa beleza;
Quando vir um Buda,
Desfrute a beleza do homem,
Desfrute o silêncio, desfrute a verdade
Que o homem realizou,
Mas não se torne um seguidor.
Todos os seguidores estão perdidos.” - Osho – Obs.: Há diversos textos dele postados na seção de textos conscienciais da revista on line de nosso site – www.ippb.org. br.
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