terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A "origem" da Umbanda por um prisma diferente...

Paz!
Com relação a terminologia "Umbanda", a única referência com duvidosa
precisão, é uma derivação do termo m’bundo (feiticeiro). Entretanto,
m’bundo para Umbanda, há uma razoável diferença, que levaria a
raciocinar com outras origens da escrita. Assim, s.m.j., a expressão
Umbanda começou a ser mencionado de forma espontânea e simultânea em
várias regiões do Brasil, a partir da década de 30 do século XX.
Portanto, apesar de compreender a Umbanda como o Todo, Eterna e
Infinita, mas buscando uma definição de local, nacionalidade, enfim, uma
referência física e concreta, a sua origem é brasileira, tendo como
marco o advento de 15 de novembro de1908, onde um Caboclo (Entidade
travestida de índio), denominado "Caboclo das Sete Encruzilhadas",
manifestou-se num centro espírita, num indivíduo de formação católica,
que foi Zélio de Moraes.
Para análise, pois muitos interpretam o seu termo como de origem
africana, mas algo fica latente, pois a influência melanida não ocorreu
apenas no Brasil. Africanos foram levados para a América Central e para
a América do Norte, também. Assim, crê-se que o termo é uma soma de
valores e expressões, que cruzam o planeta em suas diversas etnias e
entendimentos religiosos, além da previsível e real influência
espiritual. Se o termo surgiu no Brasil, por que não aconteceu o mesmo
na América Central e do Norte? E, fica ainda a questão do registro
oficial de um "Caboclo" em um "Centro Espírita" e não numa "Roça". E, na
sua concretização houve um sincretismo absoluto com ícones
Indo-heleno-semitas. Assim, tem-se a convicção de que a Umbanda está
acima dos conceitos de fronteiras físicas, percebendo-a como uma
manifestação, que tocará a alma de cada um. Se é Umbanda, Umbanda
Branca, Umbanda de Mesa, Umbanda Esotérica, Umbanda Evangélica, etc, a
Umbanda, é única, com vários níveis de entendimento e manifestação, sem
que qualquer um deles seja superior a outro. Todos estão corretos! Da
mesma forma, que os demais movimentos filo-religiosos estão debaixo
deste mesmo "guarda-chuva", inclusive os humanistas, creacionistas, etc...
Compreende-se que os valores e expressões que compõem a base da crença,
são aquelas experimentadas ou analisadas durante a vida, que de uma
forma geral, é o resultado da soma dos valores que crêem serem positivos
de movimentos filo-religiosos diversos. E, de forma específica, são as
práticas realizadas que permitiram sintonizar com as coisas divinas. Sob
a perspectiva do entendimento de um questão, são necessários vários
caminhos, orientados pelos pensamentos e sentimentos, que por
conseqüência nos levam à ação, através da pesquisa, estudo, vivência,
prática, experimento, etc. Assim as suas origens estão indubitavelmente
ligadas as raízes, indo-heleno-ariano-semitas, africanas e ameríndias,
através da manifestação de fé do Cristianismo-Judaico,
Cristianismo-Heleno, Judaismo, Protestantismo, Bastimo, Espiritismo,
Rosa-Cruz, Evangelismo, Xamanismo, Culto de Nação, Hinduismo, Budismo,
Messianismo, etc. Sem perder de vista, ainda açambarca aspectos da
ciência, traduzidos pela Astrologia, Geomância, Numerologia, Cabala,
entre outras.
Aí, surge o fato de quererem a sua codificação, normatização e outros
afins, o que não é possível. Sendo as religiões dos homens e não de
Deus, traduzindo as diversas formas para entender as coisas divinas, bem
como encontrar o "caminho de volta". Particularizando o Movimento
Umbandista, devido a sua própria natureza hetereogênea, é utópico querer
codificá-la, além dos próprios valores individuais. Estabelecer a
religião "por decreto", especialmente nos dias de hoje, quando o acesso
a informação e conhecimento é "democrático", seria uma grande perda de
tempo. Talvez, uma das chaves do passado, simbolizada na tábua dos X
Mandamentos, fosse a mais adequada, para que o Movimento Umbandista
reforce os conceitos de fortaleza, firmeza, entendimento, sabedoria,
vontade, justiça, humildade, tolerância, "castidade", etc. Agora, se
houver um esforço, para tentar modelar a sua forma, corre-se o risco de
acontecer o que aconteceu e acontece com os demais movimentos, pois além
de ficarem "engessados" (presos a regras, não se atualizando),
certamente será a abertura para as "revoluções".
A religião, envolvendo toda a sua forma, é e sempre será individual,
pois cada um compreenderá de seu jeito (pensamento e sentimento). De
certo, os afins o farão juntos, pois "pássaros da mesma plumagem, andam
em bandos".
Assim, o Movimento Umbandista, decorrente de seu ecletismo, permite a
discussão e entendimentos (apesar de alguns desentendimentos), mas isto
é evolução.

Com votos de profunda paz nos seus pensamentos, irradiante alegria nos
seus sentimentos e harmonia nas suas ações, com prosperidade, força e
minha benção.

Selo Astral do Mestre Thashamara

THASHAMARA
O ETERNO APRENDIZ

Tenho este texto do Marcio Bamberg, interessante. Sua opinião, mas um
detalhe, o objetivo é de acrescentar e não discriminar...

Saravá Fraterno,
Marcos

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