domingo, 20 de abril de 2008

A minha mãe

Como as flores de uma árvore silvestre
Esfolham-se sobre a leiva que deu vida
A seus ramos sem fruto,
Ó minha doce mãe, sobre teu seio,
Deixa que dessa pálida coroa,
Das minhas fantasias
Eu desfolhe também, fria, sem cheiro,
Flores da minha vida, murchas flores,
Que só orvalha o pranto!
(Álvares de Azevedo)

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