A cada dia
Me espanto mais
Com o ser humano
Coisas que eu jamais imaginaria
Alguém ter coragem de fazer
Fazendo a cara dura
Na maior frieza e sem piedade
Sem amor a si próprio
Sem Amor a ninguém...
Eu escrevi esse poema pensando no caso Isabela, um caso me chocou e me deixou muito espantosa. Tudo indica ser mesmo o pai e a madrasta ter matado a menina. Como pode um pai torturar e matar sua própria filha, uma pobre criança inocente que não faz mal a ninguém? Será que esse pai não tinha nenhum sentimento por sua filha? Pois um pai que ama seu filho teria coragem de cometer tamanha atrocidade? Que sentimentos ele tinha em seu coração ou será que tinha algum sentimento? Fico aqui a pensar o que leva uma pessoa a fazer grande crueldade com alguém. Quando vi a entrevista no fantástico tive vontade de sumir da sala, sumir daqui, me enterrar. Não sabia se ria ou chorava. Como pode haver tanta falsidade e mentira em dois seres humanos, se é que pode ser chamado de humanos? Não sei, mas deve ser a falta de Amor, pois sem Amor não somos nada...
domingo, 27 de abril de 2008
Caminhos
Em certos momentos de nossa vida, ficamos sem atitude, completamente perdidos, não sabendo que decisão tomar ou que caminho seguir. E quando seguimos certo caminho, não sabemos se fomos ao caminho correto, se vamos nos dar bem futuramente. Ás vezes até nos arrependemos seguir certo caminho, perguntando-nos se tivéssemos ido ao outro, será que não seria melhor, será que não erramos de direção. Eu sempre procuro ouvir meu coração, pois o Amor sempre fala ao meu coração e ele sempre fala coisas boas que reconforta minha alma que me dá força para seguir meu terno caminho, a ter mais paciência e compreensão em minha vida, tentando entender mais as pessoas ao meu redor, olhando mais para dentro de mim e menos aos defeitos alheios, tentando tirar lição das traições e decepções do passado. Tirando das dores vividas alguma forma de arte com o Amor sempre do meu lado...
domingo, 20 de abril de 2008
Liberdade
Eu queria ser um pássaro livre
Poder voar alegremente por aí
Ter a liberdade em minhas asas
Poder cantar a dor e a alegria
Em todos os lugares
Sem se preocupar se vão gostar ou não
Mas sou um pássaro
Trancado na gaiola
Em plena solidão
Em plena tristeza
Eu não consigo mais cantar!
Menina
Ó minha menina, minha criança
Teu sorriso é tão lindo
Inspira-me uma grande paz
Tua inocência é tão bela
Não cresce não
Continua assim pequenina
Que a vida é cheia de espinhos
E irás sofrer demais.
Eu queria ser um pássaro livre
Poder voar alegremente por aí
Ter a liberdade em minhas asas
Poder cantar a dor e a alegria
Em todos os lugares
Sem se preocupar se vão gostar ou não
Mas sou um pássaro
Trancado na gaiola
Em plena solidão
Em plena tristeza
Eu não consigo mais cantar!
Menina
Ó minha menina, minha criança
Teu sorriso é tão lindo
Inspira-me uma grande paz
Tua inocência é tão bela
Não cresce não
Continua assim pequenina
Que a vida é cheia de espinhos
E irás sofrer demais.
Soneto da fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento,
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto,
Que mesmo em face se maior encanto
Dele se encante meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pisar ou seu contentamento:
E assim, quando mais tarde me procure,
Quem sabe a morte, angústia de quem vive,
Quem sabe a solidão, fim de quem ama,
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinícius de Morais)
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto,
Que mesmo em face se maior encanto
Dele se encante meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pisar ou seu contentamento:
E assim, quando mais tarde me procure,
Quem sabe a morte, angústia de quem vive,
Quem sabe a solidão, fim de quem ama,
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinícius de Morais)
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos,
Quando achava alguma coisa
Não examinava, nem cheirava;
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato,
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira)
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos,
Quando achava alguma coisa
Não examinava, nem cheirava;
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato,
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira)
Duas canções no silêncio
Ouve como o silêncio
Fez-se de repente
Para o nosso amor
Horizontalmente...
Crê apenas no amor
E em mais nada
Cala; escuta o silêncio,
Que nos fale
Mais intimamente; ouve-se,
Sossegada
O amor que despe tala
O silêncio
Deixa as palavras à poesia...
(Vinícius de Morais)
Fez-se de repente
Para o nosso amor
Horizontalmente...
Crê apenas no amor
E em mais nada
Cala; escuta o silêncio,
Que nos fale
Mais intimamente; ouve-se,
Sossegada
O amor que despe tala
O silêncio
Deixa as palavras à poesia...
(Vinícius de Morais)
A minha mãe
Como as flores de uma árvore silvestre
Esfolham-se sobre a leiva que deu vida
A seus ramos sem fruto,
Ó minha doce mãe, sobre teu seio,
Deixa que dessa pálida coroa,
Das minhas fantasias
Eu desfolhe também, fria, sem cheiro,
Flores da minha vida, murchas flores,
Que só orvalha o pranto!
(Álvares de Azevedo)
Esfolham-se sobre a leiva que deu vida
A seus ramos sem fruto,
Ó minha doce mãe, sobre teu seio,
Deixa que dessa pálida coroa,
Das minhas fantasias
Eu desfolhe também, fria, sem cheiro,
Flores da minha vida, murchas flores,
Que só orvalha o pranto!
(Álvares de Azevedo)
Sobre os escombros de nós
Hei! Hei você! Diz-me, por favor,
O que é que nós vamos fazer agora?
As bombas do último instante
Explodiram o último instante de esperança,
Que resistia em nossos corações.
Agora que meus olhos não conseguem ver mais nada
Agora no escuro eu não sou nada
Não posso dar um passo,
Pois será o passo errado.
O que é que nós vamos fazer agora?
As luzes daqui se apagaram
E não há claridade lá fora.
Aqui os lábios se calaram
Os ouvidos nada ouvem
Os olhos nada ouvem
Os olhos nada vêem
Os sentidos se emudeceram
Agora não somos mais nada.
Além de um sopro, um vento,
Perdidos entre os escombros
De corações dilacerados de um ser
Que um dia foi humano.
...Sejamos todos,
Bem-vindos ao caos!
(Desconheço autoria)
O que é que nós vamos fazer agora?
As bombas do último instante
Explodiram o último instante de esperança,
Que resistia em nossos corações.
Agora que meus olhos não conseguem ver mais nada
Agora no escuro eu não sou nada
Não posso dar um passo,
Pois será o passo errado.
O que é que nós vamos fazer agora?
As luzes daqui se apagaram
E não há claridade lá fora.
Aqui os lábios se calaram
Os ouvidos nada ouvem
Os olhos nada ouvem
Os olhos nada vêem
Os sentidos se emudeceram
Agora não somos mais nada.
Além de um sopro, um vento,
Perdidos entre os escombros
De corações dilacerados de um ser
Que um dia foi humano.
...Sejamos todos,
Bem-vindos ao caos!
(Desconheço autoria)
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Saudade...
Que saudade eu sinto
Saudade de voce
Saudade do passado
Dos bons momentos vividos
Momentos que desejo sua volta
Mas eles nao vem
Ficam nas pequenas lembrancas
Que me restam
A dor da perda
Que ensiste em continuar no coracao
Mas que no fundo há a esperança
A esperanca daquele amor viver de novo...
Saudade de voce
Saudade do passado
Dos bons momentos vividos
Momentos que desejo sua volta
Mas eles nao vem
Ficam nas pequenas lembrancas
Que me restam
A dor da perda
Que ensiste em continuar no coracao
Mas que no fundo há a esperança
A esperanca daquele amor viver de novo...
Saudades...
Que saudade eu sinto
Saudade de voce
Saudade do passado
Dos bons momentos vividos
Momentos que desejo sua volta
Mas eles nao vem
Ficam nas pequenas lembrancas
Que me restam
A dor da perda
Que ensiste em continuar no coracao
Mas que no fundo há a esperança
A esperanca daquele amor viver de novo...
Saudade de voce
Saudade do passado
Dos bons momentos vividos
Momentos que desejo sua volta
Mas eles nao vem
Ficam nas pequenas lembrancas
Que me restam
A dor da perda
Que ensiste em continuar no coracao
Mas que no fundo há a esperança
A esperanca daquele amor viver de novo...
domingo, 6 de abril de 2008
Anjinho
Não chorem... Que não morreu!
Era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma estrela divina
Que ao firmamento voou!
Pobre criança! Dormia:
A beleza reluzia
No carmim da face dela!
Tinha uns olhos que choravam,
Tinha uns risos que encantavam!...
Ai meu Deus! Era tão bela.
Um anjo de asas azuis,
Todo vestido de luz,
Sussurrou lhe num segredo
Os mistérios de outra vida!
E a criança adormecida
Sorria de se ir tão cedo!
Tão cedo! Que ainda o mundo
O lábio visguento, imundo,
Lhe não passara na roupa!
Que só o vento do céu
Batia do barco seu
As velas de ouro da poupa!
Tão cedo! Que o vestuário
Levou do anjo solitário
Que velava seu dormir!
Que lhe beijava risonho
E essa florzinha no sonho
Toda orvalhava no abrir!
Não chorem! Lembro-me ainda
Como a criança era linda
No fresco da facezinha!
Com seus lábios azulados,
Com os seus olhos vidrados
Como de morta andorinha!
Pobrezinho! O que sofreu!
Como convulso tremeu
Na febre dessa agonia!
Nem gemia o anjo lindo,
Só os olhos expandindo
Olhar alguém parecia!
Era um canto de esperança
Que embalava essa criança?
Alguma estrela perdida,
Do céu c’roada donzela...
Toda a chorar se por ela
Que a chamava de outra vida?
Não chorem... Que não morreu!
Que era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma luz divina
Que ao firmamento voou
Em uma alma que dormia
Da noite na ventania
E que uma fada acordou!
Era uma flor de palmeira
Na sua manhã primeira
Que um céu de inverno murchou!
Não chorem! Abandonada
Pela rosa perfumada,
Tendo no lábio um sorriso,
Ela se foi mergulhar
-Como pérola no mar-
Nos sonhos no paraíso!
Não chorem! Chora o jardim
Quando murchado o jasmim
Sobre o seio lhe pendeu?
E pranteia a noite bela
Pelo astro ou a donzela
Mortos na terra ou no céu?
Choram as flores no ofã
Quando a ave da manhã
Estremece, cai, esfria?
Chora a onda quando vê
A boiar um irerê
Morta ao sol do meio-dia?
Não chorem... que não morreu!
Era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma estrela divina
Que ao firmamento voou!
(Álvares de Azevedo)
Não chorem... Que não morreu!
Era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma estrela divina
Que ao firmamento voou!
Pobre criança! Dormia:
A beleza reluzia
No carmim da face dela!
Tinha uns olhos que choravam,
Tinha uns risos que encantavam!...
Ai meu Deus! Era tão bela.
Um anjo de asas azuis,
Todo vestido de luz,
Sussurrou lhe num segredo
Os mistérios de outra vida!
E a criança adormecida
Sorria de se ir tão cedo!
Tão cedo! Que ainda o mundo
O lábio visguento, imundo,
Lhe não passara na roupa!
Que só o vento do céu
Batia do barco seu
As velas de ouro da poupa!
Tão cedo! Que o vestuário
Levou do anjo solitário
Que velava seu dormir!
Que lhe beijava risonho
E essa florzinha no sonho
Toda orvalhava no abrir!
Não chorem! Lembro-me ainda
Como a criança era linda
No fresco da facezinha!
Com seus lábios azulados,
Com os seus olhos vidrados
Como de morta andorinha!
Pobrezinho! O que sofreu!
Como convulso tremeu
Na febre dessa agonia!
Nem gemia o anjo lindo,
Só os olhos expandindo
Olhar alguém parecia!
Era um canto de esperança
Que embalava essa criança?
Alguma estrela perdida,
Do céu c’roada donzela...
Toda a chorar se por ela
Que a chamava de outra vida?
Não chorem... Que não morreu!
Que era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma luz divina
Que ao firmamento voou
Em uma alma que dormia
Da noite na ventania
E que uma fada acordou!
Era uma flor de palmeira
Na sua manhã primeira
Que um céu de inverno murchou!
Não chorem! Abandonada
Pela rosa perfumada,
Tendo no lábio um sorriso,
Ela se foi mergulhar
-Como pérola no mar-
Nos sonhos no paraíso!
Não chorem! Chora o jardim
Quando murchado o jasmim
Sobre o seio lhe pendeu?
E pranteia a noite bela
Pelo astro ou a donzela
Mortos na terra ou no céu?
Choram as flores no ofã
Quando a ave da manhã
Estremece, cai, esfria?
Chora a onda quando vê
A boiar um irerê
Morta ao sol do meio-dia?
Não chorem... que não morreu!
Era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma estrela divina
Que ao firmamento voou!
(Álvares de Azevedo)
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